Sinditabaco espera ’redução drástica’ de tabaco exportado aos EUA após tarifaço

Publicado 31.07.2025, 12:41
Atualizado 31.07.2025, 16:10
© Reuters.  Sinditabaco espera 'redução drástica' de tabaco exportado aos EUA após tarifaço

O setor de tabaco no Brasil disse em nota nesta quinta, 31, ter recebido "com grande preocupação" a aplicação da tarifa de 50% sobre o produto brasileiro exportado aos Estados Unidos. Ontem, por meio de Ordem Executiva, o governo estadunidense impôs tarifa adicional de 40% sobre os 10% que já estavam em vigor desde abril. Para o presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Valmor Thesing, a expectativa inicial era de que houvesse uma negociação ou prorrogação do prazo, "o que não ocorreu", diz, na nota. "A manutenção da tarifa cria uma situação bastante complexa e a competitividade do produto brasileiro no mercado norte-americano fica ameaçada. Podemos esperar, como consequência, uma redução drástica nos volumes exportados aos clientes americanos", afirma.

No entanto, o representante das indústrias do setor assegura que não há nenhuma previsão de demissões. Thesing diz ainda que o tabaco que já foi contratado junto aos produtores por meio do Sistema Integrado de Produção de Tabaco (SIPT) vai ser adquirido normalmente pelas empresas integradoras conforme regra dos contratos de integração. "Como as empresas associadas ao SindiTabaco trabalham com o sistema integrado, oferecemos essa garantia e segurança para o produtor quanto à aquisição do volume já contratado", reforça.

Segundo o SindiTabaco, a exportação de tabaco do Brasil aos Estados Unidos corresponde a 9% do total dos embarques. Entre janeiro e junho, o Brasil exportou 19 mil toneladas para os Estados Unidos, gerando US$ 129 milhões em receita. No acumulado de 2024, foram 39,8 mil toneladas e US$ 255 milhões. Os EUA são o terceiro maior importador de tabaco do Brasil.

Ainda conforme a nota, da safra 2025/26 já contratada junto aos produtores, cerca de 40 mil toneladas faziam parte da previsão de negócios com os Estados Unidos. "Se não for possível realocar esse volume de forma imediata para outros mercados, ele ficará estocado no Brasil", explica o executivo no comunicado da entidade. "No entanto, temos a expectativa de, nos próximos meses, redirecionar o montante que seria exportado aos Estados Unidos para outros destinos, pois exportamos para mais de 100 países."

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