Por Karl Plume
CHICAGO (Reuters) - Os contratos futuros da soja nos EUA recuperaram as perdas iniciais e terminaram em alta nesta segunda-feira devido à boa demanda de exportação dos EUA e depois que o novo governo da Argentina disse que aumentaria impostos de exportação sobre farelo e óleo de soja.
As notícias de Buenos Aires, que poderão beneficiar as exportações de produtos de soja dos EUA, mais do que compensaram a pressão do início da sessão causada pelas recentes chuvas na América do Sul, que estabilizariam as colheitas atingidas pela seca.
Os futuros do milho e do trigo caíram, pressionados por vendas técnicas.
As negociações foram agitadas, uma vez que a participação no mercado começava a diminuir antes das férias de fim de ano.
Os investidores monitoraram as previsões meteorológicas para a América do Sul, onde as chuvas ajudaram as culturas plantadas recentemente no norte do Brasil, após um início de temporada quente e seco.
Mas partes da região não foram atingidas pelas chuvas e podem permanecer secas novamente durante este mês, disseram os meteorologistas.
"Obtivemos ganhos na estabilização das colheitas no Brasil e achamos que temos uma colheita melhor na Argentina... mas ainda não estamos fora de perigo", disse Mike Zuzolo, presidente da Global Commodity Analytics.
O contrato janeiro da soja na bolsa de Chicago (CBOT) subiu 11,25 centavos, para 13,27 dólares por bushel, enquanto o março do milho caiu 6 centavos, para 4,77 dólares por bushel.
O março do trigo na CBOT perdeu 12,5 centavos de dólar, para 6,17 dólares o bushel.
(Reportagem adicional de Michael Hogan em Hamburgo, Naveen Thukral em Singapura e Peter Peter Hobson em Canberra)