São Paulo, 8 - O Estado de São Paulo deve colher 4,627 milhões de toneladas de soja na safra 2023/24, queda de 1,1% em relação aos 4,680 milhões de toneladas do ciclo 2022/23, informou em relatório o Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento paulista.
O levantamento foi feito entre 7 de novembro e 10 de dezembro de 2023, informa em nota o instituto.
A área semeada com a oleaginosa deve alcançar 1,273 milhão de hectares, praticamente estável ante o 1,274 milhão de hectares semeados em 2022/23. Já a produtividade está prevista em 3.634 quilos por hectare, leve recuo de 1,1% ante os 3.673 quilos por hectare de 2022/23.
Milho
Em relação ao milho verão, o IEA informou que o Estado deve colher em 2023/24 um total de 1,794 milhão de toneladas, recuo de 11,6% ante os 2,023 milhões de toneladas de 2022/23. A área semeada caiu 9,9%, de 305,5 mil hectares para 275,3 mil hectares.
A produtividade deve ser 1,9% menor, de 6.519 quilos por hectare, ante os 6.644 quilos por hectare da safra passada.
"A produção deve cair principalmente em função da área cultivada", diz o IEA, acrescentando que um fator que pode estar influenciando o recuo da área é o preço da saca de 60 quilos, que, em comparação com o ano anterior, cedeu 30%, em média.
Café
Segundo o IEA, a colheita de café em São Paulo deve alcançar 5,08 milhões de sacas na safra 2023/24 ou 304,7 mil toneladas, queda de 4,9% ante a colheita prevista de 5,33 milhões de sacas, ou 320,3 mil toneladas de 2022/23.
A produtividade do café deve ser 1,9% menor, de 1.684 quilos por hectare, ante 1.716 quilos por hectare de 2022/23. Já a área colhida deve ter queda de 3,6%, entre cafezais em produção e cafezais novos, para 190,1 mil hectares - ante 197 mil hectares em 2022/23.
O IEA informa, porém, que esse levantamento é preliminar porque foi feito em novembro, quando a colheita da safra passada ainda estava em andamento. Além disso, há "dificuldade intrínseca" de mensurar a produtividade das lavouras ainda no estágio inicial de formação de frutos. Por isso, possivelmente haverá "revisões nesses quantitativos", considerando, especialmente, o clima, que teve alta temperatura e má distribuição de chuva nos principais cinturões cafeeiros do Estado.