Confortável com ganhos no CDI? Esta ação subiu quase o triplo desde fevereiro
SÃO PAULO (Reuters) - A safra total de café do Brasil 2025/26 está estimada em 64,5 milhões de sacas de 60 kg, redução de 1,7% ante a projeção anterior, considerando problemas climáticos, de acordo com números divulgados nesta quinta-feira pela consultoria StoneX.
Com a diminuição, decorrente de um ajuste negativo na produção de grãos arábica, a safra total do maior produtor e exportador global deverá cair 2,1% ante o ciclo anterior.
A revisão na estimativa, divulgada inicialmente em novembro do ano passado, foi feita após a equipe da StoneX voltar a campo em 2025 para verificar os cafezais nas principais regiões produtoras, encontrando mais problemas principalmente nas áreas de arábica.
"O ajuste para baixo no café arábica está ligado aos impactos negativos do clima sobre as regiões, principalmente em São Paulo", afirmou o analista da StoneX Fernando Maximiliano.
À Reuters, ele citou também alguns problemas no sul do Espírito Santo, Matas de Minas e Sul de Minas Gerais.
A colheita da nova safra do Brasil deve começar a partir de meados deste mês nas regiões de canéforas, acelerando em maio, disse o analista, que vê trabalhos apenas "pontuais" neste momento.
Já a safra de café arábica foi estimada em 38,7 milhões de sacas, ante 40 milhões na previsão anterior.
De outro lado, a produção de café canéfora foi vista em 25,8 milhões de sacas, ante 25,6 milhões anteriormente.
Em relação à safra anterior, a colheita de café canéfora (robusta e conilon) do país deverá aumentar 21,9% em 2025/26 ante o ciclo anterior. Já a de arábica deve recuar 13,5%.
A estimativa anterior já era considerada abaixo do potencial produtivo, após as lavouras sofrerem com um inverno seco em 2024 e uma posterior demora da regularização das chuvas.
E no primeiro trimestre deste ano o clima não ajudou muito, indicou a StoneX, apontando três ondas de calor, uma em cada mês do período, no centro-sul brasileiro.
Os registros indicam que várias áreas tiveram mais de 20 dias com temperaturas máximas acima de 35ºC, provocando estresse térmico nas lavouras.
(Por Roberto Samora)