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Por Luis Jaime Acosta
BOGOTÁ (Reuters) - A imposição de tarifas pelos Estados Unidos, as mudanças climáticas e a menor safra brasileira estão elevando os preços do café, disse Vanúsia Nogueira, diretora-executiva da Organização Internacional do Café (OIC), à Reuters, nesta terça-feira.
Nogueira afirmou que, apesar da tendência de alta, o mercado de café lida com volatilidade e incerteza, à medida que o consumo aumenta e os estoques diminuem.
"É a questão da quebra da safra brasileira, o anúncio de que não teremos o que era esperado, que teremos menos café, somado aos eventos climáticos, além das tarifas", disse Nogueira à Reuters em Bogotá, durante evento na Federação Nacional dos Cafeicultores da Colômbia.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs tarifas diferenciadas que variam de 10% a 50%, afetando as exportações de café dos países produtores para os EUA e causando incerteza no mercado, segundo especialistas.
Nogueira reconheceu que o mercado global de café enfrenta escassez devido a vários anos de déficits de produção, decorrentes das condições climáticas nas principais regiões produtoras, o que causou aumentos de preços.
No Brasil, o maior produtor e exportador mundial de café, a colheita tem sido menor do que o esperado devido a problemas climáticos, enquanto os grãos estão pesando menos, o que impactará o mercado, afirmou Nogueira, acrescentando que o consumo está crescendo.
"O consumidor vai pagar, o consumidor quer café", disse a especialista, explicando que é difícil prever um retorno à produção normal no Brasil.
"Não sabemos quando a colheita do Brasil voltará ao normal; estamos enfrentando eventos climáticos muito fortes todos os anos", observou.
(Reportagem de Luis Jaime Acosta)