Por Ana Beatriz Bartolo
Investing.com - O UBS analisa que há um espaço menor para os retornos sobre as commodities, uma vez que os índices Bloomberg Commodity (“BCOM”) e o Bloomberg Constant Maturity Commodity (CMCI) apresentaram alta de 19% e 24%, respectivamente, neste ano, um dos maiores retornos acumulados. Apesar disso, a tendência de alta nos preços se sustenta e deve acompanhar o crescimento da atividade econômica global.
O petróleo bruto será favorecido pela reabertura das economias e pelo aumento na mobilidade. Assim, o UBS espera que o petróleo Brent seja negociado a no mínimo US$ 75 por barril nos próximos seis meses. Já o cobre e o alumínio devem chegar a US$ 10.500/mt e US$ 2.700/mt, respectivamente, enquanto os preços agrícolas devem ser sustentados por condições climáticas adversas.
Os metais preciosos, por outro lado, possuem uma perspectiva negativa na visão do UBS. A expectativa é que o ouro seja negociado em US$ 1.600/onça em 2022 e a prata, em US$ 20/onça.
O relatório também aponta que, sobre as posições compradas em commodities e em todos os setores, exceto metais preciosos, o UBS acredita que a classe de ativos também é adequada para estratégias de aumento de rendimento com retornos anuais na faixa de um dígito médio a alto. Como subjacente, os analistas destacam o petróleo bruto Brent, cobre, platina e commodities agrícolas selecionadas.
A tendência de crescimento econômico deve se manter até o próximo ano, segundo o UBS, mas a partir do final de 2022 e em 2023, as políticas monetária e fiscal provavelmente se tornarão um obstáculo ao crescimento. Assim, a alta da demanda por commodities deve moderar e estabilizar os preços entre os próximos seis e doze meses, em um patamar mais elevado.
CONFIRA: Cotação das principais commodities globais
Energia
O ano está sendo positivo para o mercado de energia, apesar dos preços estarem um pouco voláteis. O petróleo Brent, por exemplo, variou entre US$ 67,4/bbl e US$ 76,3/bbl em julho, com pressão adicional de baixa em agosto. As quedas são causadas principalmente por causa das preocupações a respeito do aumento de casos de Covid-19 e das novas restrições de mobilidade na China, o segundo maior maior consumidor de petróleo do mundo.
O UBS, porém, acredita que a demanda pelo óleo deve se recuperar com facilidade, uma vez que as restrições sejam retiradas. Eles estimam que a demanda por petróleo esteja em 97,5 mbdp, mas que supere os 99 mbdp ainda este ano.