’FT’: Eduardo Bolsonaro prevê nova onda de sanções dos EUA ao País por julgamento de Bolsonaro
Por Roberto Samora
SÃO PAULO (Reuters) - A comercialização antecipada da safra de soja 2024/25 do Brasil atingiu 28,2% do total projetado, avanço mensal de apenas 3,4 pontos percentuais, indicou nesta segunda-feira a consultoria Safras & Mercado, citando que produtores estão focados no que resta da safra velha (2023/24), que tem preços mais interessantes do que a nova.
As vendas do ciclo 2024/25 estão adiantadas em relação a igual período do ano passado, quando atingiram 24,2%, mas atrasadas na comparação com a média histórica de cinco anos para a época (33%).
"Teve um ritmo relativamente lento nas vendas (da safra nova), o pessoal está de olho na venda disponível, que tem preços se descolando, porque tem pouca oferta agora por conta da quebra produtiva, especialmente em Mato Grosso", explicou o analista Luiz Fernando Roque, da Safras & Mercado.
Segundo ele, os preços da soja no mercado disponível em Mato Grosso estão acima da paridade de exportação, algo pouco comum, "mas que acontece em ambiente de pouca oferta".
A comercialização da safra velha (2023/24) do Brasil atingiu 92,6% da produção projetada, conforme dados da consultoria recolhidos até 8 de novembro.
Segundo o analista, os preços para a nova safra estão "bem mais baixos" que os da safra velha, podendo chegar a uma diferença de mais de 30 reais a saca.
De acordo com Roque, os produtores estão esperando preços melhores da safra nova para voltarem a negociar.
"Mas o grande ponto é que talvez os preços melhores não venham tão cedo, o clima melhorou... se não piorar, vamos colher uma possível safra recorde no Brasil, a safra pode ser acima de 50 milhões de toneladas na Argentina, e isso vai resultar em estoques maiores, porque os EUA estão colhendo uma safra grande."
Produtores brasileiros já tinham semeado 69,1% da área total esperada para a safra 2024/25 do Brasil até o dia 8 de novembro, segundo a Safras & Mercado.
A semeadura está adiantada em relação a igual período do ano passado (57,1%) e na comparação com a média dos últimos cinco anos (59,6%).