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Weg quer margem maior para dobrar participação no mercado eólico no país

Publicado 31.07.2015, 15:04
© Reuters.  Weg quer margem maior para dobrar participação no mercado eólico no país
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SÃO PAULO (Reuters) - A fabricante de equipamentos elétricos Weg quer aumentar a lucratividade no negócio de produção de turbinas eólicas para viabilizar expansão e dobrar a participação no mercado, hoje em cerca de 10 por cento, disse à Reuters diretor da empresa para o segmento, João Paulo Gualberto.

"Temos um plano de eventualmente chegar a 20 por cento do mercado de aerogeradores do Brasil a partir de 2018, 2019", afirmou o executivo.

Mas o plano, depende da construção de nova fábrica, decisão atrelada ao sucesso em aumentar as margens no segmento, hoje abaixo das praticadas pela Weg em suas demais atividades, e da demanda nos próximos leilões de energia neste ano.

"Nosso objetivo é atingir em 2017 um nivel de lucratividade igual ao que o grupo tem nas outras divisões", disse Gualberto.

O executivo explicou que as turbinas eólicas têm um elevado faturamento e, quando geram menos lucro que as demais atividades, acabam prejudicando o resultado.

"Precisamos, antes de dobrar capacidade, ter certeza de que o resultado será melhor do que hoje.... isso tem melhorado bastante com ações (de corte de custos) e os preços de venda também melhoraram bastante", apontou o diretor.

A Weg decidiu investir para se tornar uma produtora de equipamentos eólicos em 2010. No ano passado, iniciou a entrega das primeiras máquinas e a previsão é terminar este ano com pouco mais de 200 megawatts instalados.

As turbinas são produzidas em Santa Catarina, numa fábrica com capacidade de entregar 250 megawatts ao ano, que está com boa parte da capacidade instalada ocupada para os próximos anos.

"Em 2016 temos condições de entregar aerogeradores ainda. E temos carteira completa em 2017 e no primeiro semestre de 2018", disse Gualberto.

Segundo ele, existem várias negociações em curso, incluindo com investidores que haviam comprado máquinas da argentina Impsa, que pediu recuperação judicial, buscam novos fornecedores para projetos atrasados ou perto da data de entrar em operação.

"O problema é a dificuldade desses investidores em encontrar máquinas para substituir o contrato numa condição de mercado diferente. O preço do aerogerador subiu muito e, quando se bota numa planilha com a taxa de retorno, pra fechar a conta está complicado", disse Gualberto.

O aumento de custo está ligado à desvalorização do real, uma vez que parte dos componentes dos aerogeradores é importada. A Weg, no entanto, já alcançou o índice de nacionalização exigido para a partir de 2016 pelo BNDES para os equipamentos eólicos, o que reduz o impacto da variação cambial.

"A virada do câmbio impacta no nosso custo, consequentemente no nosso resultado, mas tenho certeza de que nossos concorrentes estão sentindo mais (esse custo)", disse.

NOVA FRONTEIRA EÓLICA

A Weg está investindo em conjunto com a Tractebel (SA:TBLE3) num projeto de pesquisa e desenvolvimento de uma nova turbina eólica, com 3,3 megawatts de potência, contra os 2,1 megawatts das máquinas comercializadas atualmente.

A máquina, com rotor de 130 metros e torre de 120 metros, foi desenhada para suportar o clima brasileiro e produzir energia com ventos médios e baixos, o que permitiria à empresa abrir uma nova fronteira para a expansão eólica no Brasil.

"Nosso objetivo é chegar em um ponto que viabilize implementar de fazendas eólicas em canaviais de São Paulo".

Atualmente, os parques eólicos brasileiros concentram-se no Nordeste e no Sul do país, com ventos mais fortes, mas muitas vezes falta estrutura de transmissão para escoar a produção.

"São Paulo, mas também Paraná, Minas Gerais...têm um grande potencial. Ventos piores, sim, mas custo de transmissão e infraestrutura existente que eventualmente viabilizarão parques eólicos", disse o diretor.

A previsão de Gualberto é que um protótipo esteja pronto no final de 2016 ou no início de 2017, o que permitiria o início da comercialização da nova máquina no segundo semestre de 2017.

(Por Luciano Costa; edição de Aluísio Alves)

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