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A operadora aeroportuária espanhola Aena SME SA (BME:AENA) reportou resultados financeiros sólidos para o primeiro semestre de 2025, com receita total aumentando 9,1% para US$ 2.995,9 milhões e lucro líquido subindo 10,5% para US$ 893,8 milhões, de acordo com a apresentação de resultados do 1S 2025 divulgada em 30 de julho.
Destaques do desempenho trimestral
O desempenho sólido da Aena foi impulsionado por um aumento de 4,7% no tráfego de passageiros em todo o grupo, alcançando 180,9 milhões de passageiros. A rede espanhola, que representa a maioria das operações da empresa, registrou 150,6 milhões de passageiros, um aumento de 4,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
"O crescimento no tráfego internacional, particularmente dos mercados da Europa, contribuiu significativamente para o crescimento da receita", destacou a empresa em sua apresentação. O tráfego internacional na rede espanhola aumentou 6,5%, enquanto o tráfego doméstico cresceu de forma mais modesta, 0,4%.
Como mostrado no gráfico de destaques a seguir, a empresa alcançou crescimento em todos os principais indicadores financeiros:
O EBITDA aumentou 8,8% para US$ 1.692,3 milhões, mantendo uma forte margem EBITDA de 56,5%, praticamente inalterada em relação aos 56,6% no 1S de 2024. O lucro líquido atingiu US$ 893,8 milhões, representando um aumento de 10,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O gráfico a seguir ilustra o desempenho do EBITDA e do resultado líquido da empresa:
Análise financeira detalhada
O crescimento da receita da Aena superou o crescimento do tráfego de passageiros, indicando melhor monetização em todos os seus segmentos de negócios. A receita total por passageiro na rede espanhola aumentou para US$ 16,9 no 1S de 2025, comparado a US$ 16,4 no 1S de 2024.
Os segmentos de negócios da empresa apresentaram níveis variados de desempenho. As atividades comerciais continuaram sendo um importante motor de crescimento, com receita aumentando 10,4% para US$ 929,1 milhões e entregando uma impressionante margem EBITDA de 81,5%. A receita aeronáutica cresceu 6,1% para US$ 1.574,5 milhões com uma margem EBITDA de 44,5%.
A seguinte divisão mostra o desempenho por área de negócio:
O crescimento da receita comercial foi particularmente forte, com aluguéis fixos e variáveis faturados no período aumentando 15,8% para US$ 816,9 milhões. Este crescimento foi impulsionado tanto pelo varejo (+11,1%) quanto pelos serviços de mobilidade (+18,2%).
Como ilustrado no seguinte gráfico de receita comercial de aluguéis fixos e variáveis:
Os serviços imobiliários também apresentaram forte crescimento de receita de 12,1%, embora seu EBITDA tenha diminuído 3,8% devido a um aumento de 40,6% nas despesas. A empresa destacou a inauguração do maior hangar da Espanha e a concessão de um terreno no Aeroporto de Barcelona-El Prat como desenvolvimentos-chave neste segmento.
As despesas operacionais aumentaram 9,3% para US$ 1.321,0 milhões para a rede espanhola, impulsionadas principalmente por maiores custos de pessoal (+10,5%) e suprimentos (+3,8%). A empresa observou que os custos de eletricidade aumentaram, embora 50% desses custos estejam protegidos para 2025.
Operações internacionais
As operações internacionais da Aena continuaram a mostrar forte desempenho. O Aeroporto de Luton no Reino Unido registrou um aumento de 5,1% nos passageiros para 8,3 milhões, com receita crescendo 8,3% para £179,6 milhões. Mais impressionante ainda, o EBITDA em Luton aumentou 49,5% para £96,3 milhões, melhorando a margem EBITDA de 38,8% para 53,6%.
O gráfico a seguir ilustra o desempenho do Aeroporto de Luton:
O Grupo Aeroportuário do Nordeste do Brasil (ANB) experimentou um aumento de 5,7% nos passageiros para 8,1 milhões, representando 116,3% de seus níveis de tráfego de 2019. Enquanto a receita diminuiu 11,9% para R$ 332,4 milhões devido à menor receita de serviços de construção, o EBITDA aumentou 24,3% para R$ 193,0 milhões, melhorando a margem EBITDA de 41,1% para 58,1%.
O Block de Onze Aeroportos no Brasil (BOAB) registrou um aumento de 6,7% nos passageiros para 13,9 milhões. A receita quase dobrou, aumentando 97,6% para R$ 988,9 milhões, embora isso se devesse em grande parte à receita de serviços de construção. O EBITDA aumentou 17,0% para R$ 324,1 milhões, mas a margem EBITDA diminuiu de 55,4% para 32,8% devido à maior proporção de serviços de construção.
Posição financeira
A dívida financeira líquida da Aena aumentou ligeiramente, com a relação dívida financeira líquida/EBITDA subindo para 1,64x de 1,57x no final de 2024. Isso representa uma melhoria em relação ao índice de 1,77x reportado no 1º tri de 2025, indicando melhor gestão da dívida no segundo trimestre.
A empresa observou que havia sacado uma linha de financiamento do BEI no valor de US$ 460 milhões durante o período. Apesar do ligeiro aumento na alavancagem, a posição financeira da Aena permanece forte, com capacidade suficiente para financiar seus investimentos planejados.
Declarações prospectivas
A Aena planeja investir mais US$ 427 milhões em 2025 e 2026, com US$ 351 milhões alocados para investimentos regulados. A estratégia comercial da empresa continua focada em maximizar a receita não aeronáutica, com aluguéis mínimos anuais garantidos (MAG) comprometidos proporcionando visibilidade para fluxos de receita futuros.
O gráfico a seguir mostra os MAGs e aluguéis fixos comprometidos para 2025-2027:
Para atividades aeronáuticas, a Aena propôs uma tarifa (IMAAJ 2026) de US$ 11,03, com um índice P de 1,1% aprovado pela CNMC para a tarifa de 2026.
Após a divulgação dos resultados do 1S de 2025, o preço das ações da Aena subiu ligeiramente 0,72% para US$ 23,81, de acordo com os dados mais recentes do mercado. As ações têm apresentado bom desempenho em 2025, negociando próximo à sua máxima de 52 semanas de US$ 24,40, refletindo a confiança dos investidores na estratégia de crescimento e no desempenho financeiro da empresa.
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Apresentação completa: