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Morgan Stanley eleva meta de ações da Alcoa por preocupações com oferta

EdiçãoEmilio Ghigini
Publicado 21.06.2024, 05:51
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Na sexta-feira, o Morgan Stanley fez um ajuste significativo em sua perspectiva sobre as ações da Alcoa Corp (NYSE:AA), uma das principais produtoras de alumínio. O analista da empresa elevou a ação de Equalweight para Overweight, indicando uma visão mais favorável do potencial desempenho da empresa no mercado. Acompanhando essa atualização, houve um aumento no preço-alvo para as ações da Alcoa, que foi elevado para US$ 50,00 da meta anterior de US$ 36,50.

A atualização está enraizada nas interrupções atuais no fornecimento global de alumina, que têm sido substanciais. De acordo com a equipe global de mineração da empresa, essas interrupções removeram aproximadamente 5,9 milhões de toneladas do mercado, o que representa cerca de 10% da oferta global excluindo a China.

Essa redução significativa na alumina disponível deve manter os preços acima das médias históricas, com previsões de US$ 500 por tonelada no segundo semestre de 2024 e US$ 385 por tonelada em 2025.

A situação é ainda agravada pela maior necessidade da China de importar alumina, o que aumenta o aperto da oferta global. O analista observa que isso pode restringir a produção de alumínio da China, apesar dos anúncios do país de retomada de parte da produção. Como resultado, os preços do alumínio também devem permanecer apoiados, com previsões de US$ 1,22 por libra no segundo semestre de 2024 e US$ 1,12 por libra em 2025.

Essas projeções sugerem uma perspectiva mais otimista para a Alcoa, já que os preços elevados da alumina e do alumínio poderiam melhorar o desempenho financeiro da empresa. A atualização e o ajuste de preço-alvo pelo Morgan Stanley refletem uma expectativa da capacidade da Alcoa de se beneficiar da atual dinâmica de mercado que afeta a indústria de alumínio.

Em outras notícias recentes, a Alcoa Corporation está se aproximando dos estágios finais de sua aquisição da Alumina Limited, com conclusão prevista para agosto de 2024. A aquisição, que recebeu aprovações regulatórias do Conselho Administrativo de Defesa Econômica do Brasil e da Comissão Australiana de Concorrência e Consumo, é vista como uma transação de aumento de valor que fortalecerá a posição da Alcoa no setor de alumínio.

Além disso, a Alcoa reportou receitas estáveis de US$ 2,6 bilhões e prejuízo líquido de US$ 252 milhões em sua última teleconferência de resultados. Apesar desses números, o saldo de caixa da empresa subiu para US$ 1,4 bilhão, apoiado por uma emissão de títulos verdes de US$ 750 milhões.

Em termos de classificação dos analistas, o Morgan Stanley elevou as ações da Alcoa de Underweight para Equalweight e elevou o preço-alvo para US$ 36,50, reconhecendo o progresso da empresa na mitigação de riscos operacionais e redução de custos. Da mesma forma, o Citi aumentou o preço-alvo das ações da Alcoa para US$ 50,00, mantendo uma classificação de Compra, citando a economia de custos prevista e a natureza cíclica dos lucros da Alcoa.

Esses desenvolvimentos recentes destacam os movimentos estratégicos da Alcoa para fortalecer sua posição no mercado e a confiança expressa pelos analistas financeiros no potencial de crescimento da empresa.

InvestingPro Insights

A recente atualização do Morgan Stanley da Alcoa Corp (NYSE:AA) para Overweight com um preço-alvo mais alto se alinha com alguns dos dados e projeções da InvestingPro. Com uma capitalização de mercado de US$ 7 bilhões, a Alcoa é um player significativo na indústria do alumínio. Apesar de um ano passado desafiador, com queda de 11,4% na receita, a empresa apresentou forte retorno nos últimos três meses, com alta de 24,64%. Isso pode ser um indicativo da resposta do mercado às mesmas interrupções de fornecimento destacadas pelo Morgan Stanley.

Uma dica do InvestingPro sugere que, apesar da fraca margem de lucro bruto de 7,34%, os analistas estão otimistas, prevendo que a empresa será lucrativa este ano. Esse otimismo é ainda apoiado pelo forte retorno da empresa nos últimos meses e pelas expectativas de crescimento do lucro líquido. No entanto, os potenciais investidores devem estar atentos à volatilidade da empresa, refletida nos movimentos recentes de preços, com um retorno total de preço em um mês de -11,59%.

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