Por Eduardo Simões
(Reuters) - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou na noite de segunda-feira que decidiu encerrar o processo que pedia autorização para uso emergencial no Brasil a vacina do laboratório chinês Cansino (HK:6185) contra Covid-19, após ser notificada pelo laboratório do fim de acordo de representação com as empresas brasileiras que fizeram a solicitação.
Em nota, a Anvisa disse que a decisão foi tomada por unanimidade pela diretoria colegiada do órgão regulador após a CanSino comunicar a agência em e-mail enviado no dia 17 de junho que as empresas Belcher Farmacêutica do Brasil Ltda e o Instituto Vital Brazil não tinham mais autorização para representá-la no país.
"A perda de legitimidade processual da empresa Belcher Farmacêutica do Brasil Ltda e do Instituto Vital Brazil S.A. para atuar perante esta Agência por autorização da empresa CanSino Biologics Inc. enseja a ausência de condições para manutenção da continuidade da avaliação do pedido de autorização de uso emergencial da vacina Convidencia perante a Anvisa", informou o órgão regulador em comunicado.
"Importante informar que a empresa fabricante (CanSinoBio) solicitou substituição do representante nacional, não obstante, tal ação não se figura como alternativa administrativamente viável. Por outro lado, a nova representante da empresa fabricante poderá protocolar solicitação de AUE (autorização de uso emergencial) a qualquer momento."