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China reforça segurança após raros protestos contra restrições da Covid

Publicado 28.11.2022, 08:04
Atualizado 28.11.2022, 10:41
© Reuters. Proteção contra Covid em Pequim
 28/11/2022  REUTERS/Thomas Peter

Por Casey Hall e Martin Quin Pollard

XANGAI/PEQUIM (Reuters) - A polícia revistava pessoas nesta segunda-feira nos locais de protestos do fim de semana em Xangai e Pequim, depois que multidões nestes lugares e em outras cidades chinesas se manifestaram contra as rigorosas medidas da Covid-19.

Das ruas de várias cidades da China a dezenas de campi universitários, os manifestantes fizeram uma demonstração de desobediência civil sem precedentes desde que o líder Xi Jinping assumiu o poder há uma década, supervisionando a repressão da dissidência e estabelecendo uma extensa vigilância social de alta tecnologia.

"Esperamos acabar com o lockdown", disse Shi, de 28 anos, em uma vigília à luz de velas em Pequim na noite de domingo. "Queremos viver uma vida normal. Devemos todos expressar corajosamente nossos sentimentos."

Não havia sinal de novos protestos nesta segunda-feira em Pequim ou Xangai, mas dezenas de policiais estavam nas áreas onde ocorreram as manifestações.

A polícia tem pedido às pessoas seus telefones para verificar se têm redes privadas virtuais (VPNs) e o aplicativo Telegram, que tem sido usado por manifestantes, disseram moradores e usuários de redes sociais. As VPNs são ilegais para a maioria das pessoas na China, enquanto o aplicativo Telegram está bloqueado na internet da China.

Questionado sobre a irritação generalizada a respeito da política de Covid-zero da China, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, disse a repórteres: “O que você mencionou não reflete o que realmente aconteceu."

"Acreditamos que, com a liderança do Partido Comunista da China e a cooperação do povo chinês, nossa luta contra a Covid-19 será bem-sucedida."

A reação contra as restrições da Covid é um revés para os esforços da China para erradicar o vírus, que está infectando números recordes três anos depois de ter surgido na cidade central de Wuhan.

A política de Covid-zero tem mantido o número oficial de mortos na China na casa dos milhares, contra mais de um milhão nos Estados Unidos, mas custou o confinamento de muitos milhões a longos períodos em casa, trazendo grandes perturbações e danos à segunda maior economia do mundo.

Abandoná-la significaria reverter uma política defendida por Xi. Também arriscaria sobrecarregar o sistema de saúde e levar a doenças e mortes generalizadas em um país com centenas de milhões de idosos e baixos níveis de imunidade à Covid, dizem os especialistas.

Os protestos abalaram os mercados globais nesta segunda-feira.

A mídia estatal não mencionou os protestos, mas instou os cidadãos em editoriais a seguir as regras da Covid. Muitos analistas dizem que é improvável que a China reabra antes de março ou abril e precisa de uma campanha de vacinação eficaz antes disso.

“As manifestações não ameaçam iminentemente a ordem política existente, mas significam que a atual combinação de políticas da Covid não é mais politicamente sustentável”, escreveram analistas da Gavekal Dragonomics em nota.

"A questão agora é como será a reabertura. A resposta é: lenta, incremental e confusa."

BARREIRAS

Na noite de domingo, manifestantes entraram em confronto com a polícia no centro comercial de Xangai, onde seus 25 milhões de habitantes ficaram presos em casa em abril e maio.

A BBC disse que a polícia agrediu e deteve um de seus jornalistas que cobria os eventos antes de libertá-lo após várias horas. Um jornalista da Reuters também foi detido por cerca de 90 minutos na noite de domingo, antes de ser liberado.

© Reuters. Proteção contra Covid em Pequim
 28/11/2022  REUTERS/Thomas Peter

Zhao, do Ministério das Relações Exteriores, disse que o repórter da BBC não se identificou como jornalista. O governo de Xangai não comentou.

Nesta segunda-feira, as ruas de Xangai onde os manifestantes se reuniram foram bloqueadas com barreiras de metal azul para evitar aglomerações. Policiais com coletes de alta visibilidade faziam patrulha, enquanto viaturas e motocicletas passavam.

Lojas e cafés na área foram orientados a fechar, disse um funcionário à Reuters.

Últimos comentários

Nos parece que protestos, insatisfações e investidas das populações de países antidemocráticos, portanto, autocráticos, têm sido cada vez mais constantes! Com isso, o futuro dos autocratas, se desenha mais sombrio do que parece. Na minha opinião, uma das mais icônicas imagens de 2022 (22/Out), foi a do ex-presidente chinês Hu Jintao, sendo retirado do 20º Congresso do PCC (Partido Comunista da China), em Pequim.  Na República Tcheca, uma coalizão improvável derrotou o primeiro-ministro Andrej Babis.  Em Israel, uma coalizão ainda mais improvável acabou com o longo mandato do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.  Alianças semelhantes de partidos de oposição foram formadas para investidas contra Viktor Orban, na Hungria e Recep Tayyip Erdogan, na Turquia.  Na Rússia, Putin está cada vez mais impopular, pela guerra. Em âmbito doméstico, Lula venceu Bolsonaro!  Contudo, não posso deixar de evidenciar que dado tal cenário, somos a "bola da vez" entre os emergentes! Fukuyama, novamente acertou!
Uma coisa é certa! Os Autocratas começam a perder forças ao redor do Mundo (dentro de seus países). Exemplos: Vladimir Putin, Xi Jinping, Viktor Orbán, Recep Tayyip Erdoğan e etc. Na China, uma das imagens mais icônicas que vimos em 2022 (22 de outubro mais precisamente) foi a do ex-presidente chinês Hu Jintao, sendo retirado do 20º Congresso do PCC (Partido Comunista da China), em Pequim.  Agora, vemos a manifestação de uma população insatisfeita pelas paralizações, por conta da política de COVID zero.  Ou seja, a China corre um "risco-Rússia" (de se tornar "ininvestível")!   No entanto, dado que elegemos um governo de esquerda, fica claro que nossa democracia está inabalável e segue para persuadir as pessoas a abandonarem regimes autocráticos arbitrários. O desafio será "apenas" trabalhar melhor para tratar as mazelas sociais. Com isso, somos "a bola da vez" entre os emergentes e com o "plus" do nosso BC ter atuado antes dos demais BCs ao redor do Mundo! Fukuyama novamente, acertou!
"Raros". Que coisa sem vergonha.
Não são raros. São protestos consistentes que as Ditaduras da China e da mídia tentam encobrir.
"Covid" = gripe com patente, lobby, departamento de marketing e muita sanha ditatorial
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