Os críticos do Bitcoin (BTC) que afirmam que as transações na principal criptomoeda do mercado são muito caras e ineficientes podem estar com os dias contados.
Isso porque, recentemente, quase meio milhão de dólares em Bitcoins foram encaminhados através da Lightning Network (LN) em uma remessa que custou zero satoshis.
O valor corresponde a cerca de 11 Bitcoins e foi enviado de um usuário para outro sem pagar nada.
Esta é, possivelmente, a maior transação sem taxas da história das criptomoedas.
CONFIRA: Cotações das criptomoedas
A transferência foi realizada através do gateway de pagamento de roteamento taxa zero, que, por meio do Twitter, comunicou o envio.
A título de comparação, se alguém quiser transferir o mesmo valor em dólares através da Western Union, cuja taxa de transferência é de 4%, teria que pagar cerca de US$ 20.000. No caso de utilizar o gateway PayPal (NASDAQ:PYPL), cuja taxa é de 3,49%, o valor seria de US$ 518.081.
De acordo os responsáveis pela operação do nó Lightning, todos os seus canais de pagamento roteiam bidirecionalmente. Portanto, não há necessidade de rebalancear os canais, que é o procedimento onde os fundos são movimentados para transferência.
Para roteamento gratuito, o roteamento de taxa zero usa um servidor virtual privado (VPS), com 8 núcleos e 16 GB de RAM, apenas para o nó Lightning.
Bitcoin
Conforme especificou o gateway, antes de enviar, não precisa mais olhar para o mempool para ver se há taxas baratas na cadeia principal do Bitcoin: “Eu só preciso olhar para meus canais abertos pendentes do Lightning”, disse ele.
O roteamento de taxa zero é um gateway que, segundo informações publicadas no Boths.space, tem até o momento 776 canais de pagamento Lightning abertos e funcionando. Além disso, tem capacidade de 27,24 BTC.
“Um fato interessante é que o roteamento de taxa zero é um dos cinco gateways de pagamento via Lightning que oferece serviços sem cobrar comissões em troca. Mas, de todos, é o que tem mais capacidade e canais disponíveis para quem quer enviar sats sem pagar taxas”, afirmou o especialista Jesus Herrera.