A Coin Metrics publicou em seu relatório “State of the Network #133” uma estimativa de quantas carteiras de Bitcoin são usadas diariamente.
De acordo com as estimativas da empresa, há uma média diária de 500.000 carteiras ativas. O levantamento, cujas medições ocorreram na semana passada, levou em conta o número atual de 1 milhão de endereços de Bitcoin ativos.
Conforme destaca estudo, o número de endereços ativos e endereços com saldo diferente de zero do BTC eram, nos primórdios das criptomoedas, a melhor métrica para estimar o uso da rede.
Segundo o relatório, rapidamente ficou claro que essa abordagem tinha muitas desvantagens. Afinal, acabou superestimando a atividade de grandes serviços, como exchanges ou serviços de jogos de azar.
Essas entidades gerenciam milhões de endereços, mas eles não correspondem um a um com usuários ou carteiras.
Assim, os endereços que pertencem a uma mesma entidade, chamados de “portfólio”, foram agrupados.
Existem vários métodos para agrupar endereços em grupos associados a uma carteira. A mais eficiente, segundo o levantamento, é a chamada “heurística de entrada compartilhada”, mencionada no White Paper do Bitcoin.
Essa metodologia também é chamada de Propriedade de entrada compartilhada ou Heurística de codespesa.
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Conforme observado pela empresa, os endereços de Bitcoin ativos tendem a superestimar os usuários únicos. Isso porque os usuários geralmente tendem a controlar vários endereços.
O gráfico abaixo apresenta os endereços ativos diários em contraste com as carteiras Bitcoin ativas diariamente.
Como se pode notar, o número de endereços ativos é geralmente maior do que as carteiras diárias ativas, por um fator de 2, afirma o estudo.
“Na semana passada, havia em média meio milhão de carteiras ativas por dia, em comparação com cerca de 1 milhão de endereços ativos por dia”, disse Coin Metrics.
Os pesquisadores argumentam que as métricas da carteira oferecem um melhor indicador dos usuários de Bitcoin. No entanto, eles alertam que as carteiras não devem ser interpretadas como indivíduos únicos.
“Existem grupos de endereços que podem estar sob o controle de entidades, como as exchanges, que facilitam a atividade de muitos usuários no dia a dia”, finaliza a análise.