CriptoFácil - A empresa japonesa TOKI, conhecida como fornecedora de pontes entre blockchains (cross-chain) e parceira da Progmat, anunciou uma colaboração com a Noble, um protocolo de emissão de tokens. O objetivo dessa parceria é trazer stablecoins totalmente garantidas para o ecossistema Cosmos.
A Progmat, uma iniciativa do Mitsubishi UFJ Trust and Banking (MUFG), o maior banco do Japão, conta com o respaldo de mais de 200 empresas do país, incluindo grandes bancos japoneses como SMBC e Mizuho (NYSE:MFG). O Japan Exchange Group (JPX) também está envolvido no projeto.
Motoki Yoshida, gerente de marketing da TOKI, revelou que a Progmat está atualmente empenhada na construção de uma plataforma que permitirá que bancos e instituições financeiras regulamentadas emitam suas próprias stablecoins.
“A arquitetura básica prevê que instituições financeiras interessadas em emitir stablecoins depositem uma quantidade correspondente de moeda fiduciária no banco fiduciário do MUFG. A Progmat então emite uma quantidade equivalente de stablecoins”, explicou Yoshida.
O Japão tem se movimentado ativamente no cenário das criptomoedas, com a recente promulgação da lei de stablecoin, também conhecida como Lei do Serviço de Pagamento, que entrou em vigor em 1º de junho de 2023. A lei estipula que todas as stablecoins emitidas devem estar vinculadas ao iene ou a outra moeda legal.
Stablecoins no Japão
Diante dessa legislação, Yoshida afirmou que “é esperado que as stablecoins utilizando Progmat sejam emitidas no início de 2024. A TOKI fez parceria com o MUFG para trazer stablecoins japonesas para blockchains públicas e fornecer uma infraestrutura de cross-chain que utiliza essas stablecoins.”
Inicialmente, essas stablecoins estarão disponíveis no Cosmos IBC, mas a equipe da TOKI planeja que, eventualmente, essas stablecoins possam ser trocadas entre blockchains por stablecoins no Ethereum e utilizadas para empréstimos.
A emissão de stablecoins japonesas na Noble é esperada para a primavera de 2024. A TOKI, por sua vez, planeja lançar sua rede principal no quarto trimestre deste ano. A iniciativa marca um passo importante para a integração da blockchain no sistema financeiro do Japão, reforçando a posição do país no cenário global das criptomoedas.