Investing.com – A Binance, a maior plataforma de negociação de criptomoedas do mundo, registrou uma entrada líquida de US$ 1,2 bilhão nas últimas 24 horas, segundo a métrica CEX Transparency da DeFiLlama. Esse volume supera consideravelmente os fluxos de entrada de seus principais concorrentes, incluindo OKX e Bybit.
Esse grande influxo de capital é um indicativo da confiança dos usuários na Binance e de uma perspectiva otimista em relação ao futuro do mercado de criptomoedas, apesar da recente volatilidade, conforme relatado pela DeFiLlama.
Os fluxos maciços também representam um sinal positivo para Richard Teng, que recentemente assumiu como CEO após uma penalidade multibilionária aplicada nos EUA por atividades ilegais e a saída de Changpeng Zhao, fundador da empresa.
Richard Teng declarou: "Este foi um dos dias com maior entrada líquida de 2024. Apesar das significativas quedas no mercado recentemente, isso pode indicar a confiança e o interesse dos investidores em aproveitar momentos de baixa para adquirir ativos a um custo menor."
"Os movimentos atuais do mercado corroboram essa percepção, já que observamos uma recuperação nos preços dos principais tokens. Nossos dados internos mostram que ontem também foi um dos dias com o maior volume de negociação do ano", acrescentou Teng.
Apenas em janeiro, a Binance captou US$ 3,5 bilhões, dois meses após seu proprietário admitir culpa em crimes como lavagem de dinheiro e evasão de sanções. A empresa conseguiu quitar a multa total de US$ 4,3 bilhões do Departamento de Justiça dos EUA sem necessidade de vender ativos criptográficos.
No entanto, Teng ainda enfrenta diversos desafios. Ele precisa estabelecer uma sede global, formar um conselho e assegurar a supervisão de um monitor independente por três anos. A Binance também ainda não possui licenças completas nos principais centros de criptografia, e sua filial nos EUA está enfrentando um processo judicial da SEC.
Os riscos de operar em mercados locais sem aprovação oficial ficaram evidentes recentemente quando a Índia bloqueou o acesso à Binance e outras plataformas offshore, removendo seus aplicativos das lojas da Apple (NASDAQ:AAPL) e do Google (NASDAQ:GOOGL). No ano passado, países como Austrália e Bélgica também intensificaram a repressão à Binance por operar sem as licenças necessárias.