Investing.com – O bitcoin encerrou outubro com forte valorização de 28,5%, cotado a US$ 34.642.
Após um desempenho modesto em setembro, com alta de cerca de 4%, a cripto reverteu a tendência de baixa observada em julho e agosto. Com o avanço de outubro, rompeu o importante nível de resistência formado pela média de US$ 30.000 entre abril e agosto, abrindo espaço para novas altas no longo prazo.
No gráfico mensal, o indicador MACD, que havia caído para a zona negativa em janeiro de 2022, retornou à zona positiva em outubro, o que atraiu a atenção dos investidores, pois sugere uma possível continuação na tendência de alta.
O MACD é um indicador de análise técnica que mede o momentum (força) e a tendência do mercado, baseado na relação entre duas médias móveis exponenciais. A entrada do MACD na zona positiva é geralmente vista, segundo regras amplamente aceitas, como um sinal de compra.
Em uma perspectiva ampla oferecida pelo gráfico mensal, esse sinal pode ser entendido por muitos investidores como um indicativo de que o bitcoin superou um patamar crítico e que há uma demanda crescente pela criptomoeda.
No entanto, ao analisar os dados históricos, é possível notar que o indicador também apresentou um comportamento semelhante em outubro de 2020, quando teve início a última pernada de alta. Essa visão também tem levado os analistas a elevarem suas projeções de alta para o bitcoin.
Por outro lado, embora o MACD seja um dos indicadores mais consultados pelos participantes do mercado, pode não ser suficiente por si só para fazer previsões de preço do ponto de vista técnico. Além disso, a variação das dinâmicas que afetam o mercado a cada período aumenta a incerteza sobre se a tendência se manterá da mesma forma. Ainda assim, pode-se dizer que atualmente há uma percepção geralmente positiva no mercado.
Entre os fatores que reforçam o potencial de alta do bitcoin, destaca-se a continuidade das expectativas relacionadas ao lançamento do ETFs de bitcoin à vista, o que desencadeou a última alta, bem como o fato de que haverá um evento de “halving” em 2024 na rede que reduzirá a oferta. Apesar dos sinais de que o Federal Reserve (Fed) manterá os juros elevados por mais tempo, as expectativas de estabilização das taxas vem dando suporte a mercados voláteis, como o das criptomoedas.
Em sintonia com essa visão otimista, grandes instituições financeiras têm revelado projeções de alta para o bitcoin. Exemplo disso é a gestora de ativos Bernstein, que projeta uma alta para a cripto até US$ 150.000 nos próximos dois anos.
Nas últimas semanas, também se viu um aumento na demanda institucional por produtos de investimento baseados em bitcoin, com destaque para a BlackRock, uma das maiores gestoras de ativos do mundo, o que acabou se tornando um fator importante para mudar a percepção do mercado. Antes disso, o Standard Chartered, renomado banco global, estimou que o bitcoin possa alcançar US$ 120.000 em 2024.
Atualmente, o índice que mede o apetite ao risco em criptomoedas alcançou o patamar de 72, sinalizando um ambiente propenso ao risco no mercado. Mantendo esse ritmo, o bitcoin iniciou novembro com uma ligeira queda de 0,5%, operando próximo ao patamar de US$ 34.500.