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Blockchain pública, privada e híbrida: entenda as diferenças entre elas

Publicado 19.04.2021, 04:00
Atualizado 19.04.2021, 04:10
© Reuters. Blockchain pública, privada e híbrida: entenda as diferenças entre elas

Com a invenção do Bitcoin, Satoshi Nakamoto aplicou outro conceito revolucionário: a tecnologia blockchain. Embora não tenha recebido um nome pelo seu criador, ela passou a ter tanto destaque quanto o Bitcoin. Afinal, o primeiro grande feito da blockchain foi auxiliar a resolver um dos maiores problemas ao desenvolvimento da computação descentralizada.

Hoje, a tecnologia blockchain é alvo de vários estudos e programas de empresas. Todos buscam aproveitar as vantagens e inovações trazidas por ela. E, nesses últimos 12 anos, avanços foram feitos por meio de novas redes e tipos diferentes. Atualmente, existem três tipos de blockchains mais utilizadas no mercado:

  • Blockchain pública;
  • Blockchain privada;
  • Blockchain híbrida.

Cada rede possui suas diferenças, vantagens, benefícios e riscos. E é importante conhecer todos eles, visto que a blockchain costuma ser vendida como uma bala de prata para diversos problemas. No entanto, ela é como toda tecnologia, possui seus grandes benefícios e também grandes limitações. Neste texto vamos conferir como elas são e como cada uma funciona.

Blockchain pública (não permissionada)

A blockchain pública é, para muitas pessoas, a blockchain por excelência. O Bitcoin, que foi a primeira blockchain efetivamente funcional a ser lançada, é um exemplo de blockchain pública. Nela não existe qualquer limitação de entrada, a participação na rede é aberta a toda e qualquer pessoa que deseja participar.

Geralmente as poucas limitações que existem são de natureza técnica. Por exemplo, operar uma blockchain exige um computador em bom estado e com muito espaço de armazenamento. A blockchain do Bitcoin, por exemplo, possui quase 400 GB de tamanho. Entretanto, uma vez que a pessoa atenda a esses requisitos, ela não precisa de nenhuma autorização, senha ou outras limitações.

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Além disso, as blockchains públicas, embora possuam este nome, têm um maior grau de privacidade. Qualquer pessoa pode verificar e auditar as transações executadas na rede em tempo real. Contudo, nenhum dado pessoal ou nome dos envolvidos é mencionado na rede, pois os autores dessas transações não são identificados.

Por fim, as pessoas que executam nós de blockchains privadas também possuem anonimato. Esses nós costumam ser espalhados ao redor do mundo, o que gera mais descentralização e segurança para a rede. Afinal, não existe um único indivíduo ou empresa que a controle.

Devido a essa descentralização, as blockchains públicas dispensam o fator confiança, seja em governos, empresas ou outras autoridades. Por isso elas sempre terão uma criptomoeda atrelada a elas, a qual funcionará como um incentivo econômico para que a rede tenha um comportamento honesto. Alguns exemplos de blockchains públicas são:

Blockchain privada (permissionada)

O conceito de blockchain privada foi desenvolvido pelo meio empresarial. As empresas começaram a enxergar o potencial da tecnologia blockchain, mas viam falhas e/ou desconfiança no modelo descentralizado. Além disso, a transparência e descentralização das blockchains públicas não é atrativa para todos os setores

Imagine, por exemplo, o setor bancário. O uso de uma blockchain pública e 100% auditável por qualquer pessoa poderia deixar vários dados expostos de forma livre. Com isso a empresa não teria como proteger dados sensíveis de sua operação ou obedecer regras de compliance, entre outras dificuldades.

Por isso, as empresas resolveram criar suas próprias redes blockchain. Essas são geridas com regras privadas e possuem acesso restrito, geralmente liberado por alguma senha ou mecanismo de autorização. Além disso, como dependem da confiança em um terceiro (empresa ou governo), elas geralmente não possuem criptomoedas atreladas a elas.

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As transações feitas em uma blockchain privada são feitas entre seus membros (P2P). Elas possuem vinculação de nome e identidade, sendo possível saber quem fez o quê. No entanto, apenas as pessoas que trabalham na empresa que coordena a rede podem ver e auditar o processo. Regras de uso, responsabilidades e possíveis punições de uso são definidos de forma centralizada.

Blockchains privadas geralmente são utilizadas no controle de processos e produtos internos ou para vendas externas. Um grande frigorífico pode utilizar a blockchain para rastrear e certificar a origem de uma carne. Um porto ou empresa de cargas pode rastrear um determinado produto e conferir sua autenticidade desde a origem, e por aí vai.

Como nas públicas, as blockchains privadas possuem registros únicos e imutáveis. Dessa forma, a falsificação ou manipulação dos dados da plataforma é praticamente impossível. As empresas garantem que os processos serão bem documentados e executados, enquanto o cliente tem a garantia da procedência do produto ou serviço recebido. Alguns exemplos de blockchains privadas são:

  • Hyperledger (IBM);
  • TradeLens;
  • Corda (consórcio R3).

Blockchain híbrida

Por fim, temos a blockchain híbrida, que, como o próprio nome diz, é uma mistura dos tipos anteriores. Essas redes possuem características presentes tanto nas blockchains públicas quanto nas privadas. Como exemplo, elas mesclam modelos de privacidade parcial e até mesmo utilizam tokens próprios, semelhantes a criptomoedas.

Assim, as blockchains híbridas podem deixar alguns dados abertos e transparentes. Porém, esses acessos ficariam restritos apenas a quem tivesse permissão de operá-los. Dessa forma, seria necessária uma autorização de acesso fornecida pela empresa ou consórcio que faz a gestão da ferramenta.

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Outra questão é que essas redes poderiam utilizar tokens, ao contrário das blockchains privadas. Estes tokens seriam utilizados para cumprir alguma função específica na rede, como autenticar documentos, transferir valores, etc. Todo o processo de emissão, uso e controle dos tokens ficaria a cargo dos emissores, o que difere das criptomoedas descentralizadas. Eis alguns exemplos de blockchains híbridas:

Rede pública ou privada: qual a melhor?

Esta pergunta é inevitável: afinal, qual o melhor tipo de blockchain que existe? E as blockchains híbridas também seriam uma opção viável? A resposta é: depende de como ela será utilizada.

As blockchains públicas são abertas para qualquer pessoa que deseje utilizar ou fiscalizar a rede. Ninguém é obrigado a revelar sua identidade, porém elas contam com uma ampla transparência. Além disso, sua descentralização fornece uma camada a mais de segurança. Por isso, elas são ideais para aplicações que requerem anonimato e não podem depender de terceiros de confiança.

Por outro lado, estas redes possuem uma grande dificuldade de escala, ou seja, não conseguem suportar um número grande de transações. Nesse sentido, as blockchains privadas possuem a vantagem, pois conseguem ter mais capacidade. Contudo, elas perdem no quesito centralização, o que pode ocasionar falhas de segurança e ataques.

Independentemente do tipo de blockchain, a tecnologia possui um grande potencial de crescimento. A consultoria Gartner estima que a blockchain possa acrescentar até R$ 17 trilhões em valor para os negócios até 2030. Portanto, ainda que apenas parte desse valor seja criado, a blockchain promete revolucionar – e enriquecer – muitos setores.

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Por CriptoFácil

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