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Advogados e especialistas americanos estão alertando que alguns cônjuges estão utilizando Bitcoin e criptomoedas como um instrumento para esconder dinheiro durante o processo de divórcio.
De acordo com uma recente pesquisa da Investment Group Digital New York (NYDIG), quase 50 milhões de americanos atualmente possuem bitcoin em patrimônio. Além disso, a popularidade das altcoins também está crescendo.
Com isso em mente, os advogados de divórcio nos EUA observaram que cada vez mais casais estão camuflando seu dinheiro em criptomoedas durante acordos de separação. A especialista Sandra Radna afirmou:
“Tenho certeza de que tem sido um problema o tempo todo. O nível de conhecimento dos advogados de divórcio no assunto é muito recente. ”
Radna reconheceu que a parte mais difícil para os advogados é descobrir se houve um investimento real em criptomoedas. Ela acrescentou que muitos cônjuges não sabem tudo um do outro, o que pode levar a fundos ocultos e dificuldades durante um possível divórcio.
De acordo com os especialistas, revelar a economia secreta em ativos digitais pode ser um desafio, especialmente para ativos focados em privacidade.
O processo também é bastante caro, pois está vinculado a investigações profundas, tempo extra e custos adicionais. Sandra aconselha as pessoas a realizar buscas apenas se esperassem encontrar uma quantia significativa:
“Estamos procurando pessoas que ganharam quantias significativas de dinheiro para valer a pena a investigação. Se for US$ 5.000 [em criptomoeda], realmente não vale a pena. ”
Um caso curioso ocorreu no Brasil ano passado, quando um juiz ordenou ao site Bitcoin.org revelar quantos bitcoins “existem em nome do ex-marido”, como se o Bitcoin fosse uma instituição centralizada.
Isso mostra o quão longe está a justiça pública de uma solução efetiva para indivíduos que desejam manter seu patrimônio oculto.
Uma solução para casais pode ser a existência de uma carteira multi-sig, onde os fundos só podem ser movimentados com a autorização de ambos, impedindo qualquer tipo de ocultação de patrimônio ou movimentação indevida.