Após dias de rumores, o bilionário Elon Musk finalmente tornou-se o novo dono do Twitter. O conselho de acionistas da rede social aceitou a oferta de US$ 44 bilhões do CEO da Tesla (NASDAQ:TSLA) (SA:TSLA34), tornando-se o novo dono da companhia.
Com isso, o Twitter (NYSE:TWTR) (SA:TWTR34) fechará seu capital e os acionistas receberão um valor por ação 38% maior do que o valor de mercado da empresa. Mas quem lucrou mesmo foi quem comprou a mais recente criptomoeda-meme lançada sobre o tema.
Intitulada Elon Buys Twitter (EBT), a criptomoeda foi lançada logo após o anúncio da compra. Em poucas horas, seu preço disparou mais de 1.000%. Às 14h42, a cripto subia 107,63%
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Criptomoeda-meme dispara após compra
Naturalmente, a criptomoeda-meme não possui qualquer proposta séria, mas sim o intuito de iludir os usuários. De fato, os desenvolvedores da EBT até fizeram uma descrição zombando dos NFTs e jogos play-to-earn.
“Nosso ecossistema também lançará uma série de jogos preguiçosos baseados em melão e fornecerá oportunidades de jogar para ganhar. O objetivo de longo prazo da Elon Buys Twitter é estabelecer-se como líder da indústria no emergente setor de DeFi”, brinca a descrição.
A criptomoeda enfrentou uma forte volatilidade, com alta de 1.000% logo após o lançamento. Sua valorização chegou a atingiu 1.600% na segunda-feira (25), levando a EBT ao seu maior valor.
Contudo, o preço seguiu o caminho de quase todas as criptomoedas-meme: perdeu força em pouco tempo. Dessa forma, a alta já havia caído para “apenas” 325% no início desta terça-feira (26).
Quem também se valorizou forte após a compra do Twitter foi a favorita de Musk, a Dogecoin (DOGE). Cotada a R$ 0,77, a DOGE opera em alta de 16% no início desta terça-feira.
Elon Musk no controle
De acordo com o Wall Street Journal, o Twitter trabalhou durante a noite para fechar o acordo, que polarizou muitos sobre a ética de uma aquisição tão hostil de um gigante da mídia social.
Inicialmente, Musk realizou um investimento de US$ 3 bilhões e comprou 9,2% das ações do Twitter. Em seguida, o bilionário ofereceu a proposta de adquirir o capital da empresa por completo. Na primeira tentativa, o board da empresa se inclinou contra a oferta de Musk.
No entanto, Musk afirmou que poderia vender suas ações caso não obtivesse o controle da companhia. Além disso, a oferta era muito vantajosa para os acionistas, o que colocava o board sob pressão. Caso não aceitassem a venda, poderiam ser acusados de ir contra o interesse dos demais acionistas.
Por fim, a oferta do CEO da Tesla foi aceita por completo. Dos US$ 44 bilhões pagos, US$ 21 bilhões sairão do patrimônio de Musk, enquanto o restante virá através de um empréstimo.
Bret Taylor, presidente do conselho independente do Twitter, chamou a compra de “o melhor caminho a seguir para os acionistas do Twitter”. Dorsey também apoiou a compra, mas disse que a mídia deveria ser idealmente um “protocolo aberto e verificável”.