Investing.com - Faltando pouco para o fim de 2023, os indicadores econômicos mais recentes seguem sendo divulgados. Nesta semana, os mercados de risco devem reagir aos dados de confiança do consumidor, PIB do terceiro trimestre e gastos pessoais de consumo de novembro nos EUA. Na Europa, o destaque fica para a inflação da Zona do Euro e do Reino Unido, além da decisão de juros do Banco Central da Turquia.
Os mercados de criptomoedas subiram após o Fed manter a taxa básica de juros e adotar um discurso brando na semana passada, mas o efeito positivo perdeu força no final de semana, e o cenário de baixa predominou no mercado como um todo. Os indicadores econômicos que serão anunciados nesta semana podem afetar o comportamento das criptomoedas.
Nos EUA, o índice de confiança do consumidor (IPC), que sai na quarta-feira (20), é monitorado de perto para avaliar a tendência dos gastos com consumo, que têm grande peso no crescimento econômico. Esse índice, que mede o ânimo do consumidor, é importante para refletir a saúde geral da economia.
Na quinta-feira, serão divulgados os dados do produto interno bruto do terceiro trimestre de 2023. Os EUA registraram um PIB de US$ 26,8 trilhões com uma expansão anual de 4,1% no segundo trimestre. Na sexta-feira, o foco será no índice de inflação de despesas com consumo pessoal (PCE) de novembro. O PCE é considerado uma medida relevante para identificar as tendências de inflação e é um dado que o Fed leva em conta em suas decisões de política monetária.
Também na terça e na quarta-feira, os dados de inflação ao consumidor (IPC) da União Europeia e do Reino Unido podem ter algum impacto indireto nos mercados de risco.
Nos mercados de criptomoedas, a tendência de queda recente é vista como uma realização de lucros da onda de alta que ganhou força em meados de outubro. No entanto, ao observar o bitcoin, a persistência do teste dos níveis de suporte da semana passada, ao cair abaixo de 41.000 dólares, começa a gerar receios de que a baixa possa se intensificar.
O que espera as criptomoedas em 2024?
Quando olhamos para os mercados de risco de uma forma mais ampla, a continuidade da tendência de queda da inflação, a manutenção do tom dovish do Fed e o início de informações mais concretas sobre cortes de juros são vistos com otimismo. Assim, espera-se que o Fed reduza as taxas de juros em 2024 e que os gastos nos EUA cresçam em função das eleições, criando um ambiente mais favorável para os mercados de criptomoedas.
Além disso, a expectativa geral de que um ETF de bitcoin à vista seja aprovado em janeiro, junto com a diminuição da oferta devido à redução pela metade da recompensa do BTC, continua sendo um fator-chave para sustentar as expectativas de alta. Com base nisso, alguns especialistas projetam que o Bitcoin possa atingir novos recordes em 2024. Por outro lado, alguns participantes do mercado alertam que a volatilidade pode aumentar após a possível aprovação do ETF à vista, recomendando cautela com quedas e subidas bruscas de curto prazo.