Ação escolhida por IA avança neste mês na B3, na contramão da baixa do Ibovespa
Investing.com - A febre das stablecoins está varrendo o mundo dos pagamentos, com Amazon e Walmart (NYSE:WMT) supostamente explorando seus próprios tokens e a Shopify implementando pagamentos em USDC/USD em mais de 30 países. Os otimistas chamam isso de próxima ameaça existencial à Visa (NYSE:V) e Mastercard (NYSE:MA). A Jefferies não está convencida. A empresa afirma que ainda não há um caso de uso decisivo para os consumidores — e o hype está muito à frente da realidade.
"Não vemos as stablecoins como uma ameaça à Visa e Mastercard — ainda não há motivo convincente para os consumidores usarem", escreveram os analistas da Jefferies, rejeitando a ideia de que uma revolução de pagamentos impulsionada por criptomoedas seja iminente.
A mais recente onda de manchetes começou com a Shopify (NASDAQ:SHOP) permitindo que comerciantes aceitem USDC, e relatos de que Amazon (NASDAQ:AMZN) e Walmart estão considerando emitir suas próprias stablecoins ou até formar um consórcio de comerciantes para lançar um token compartilhado. O objetivo: reduzir taxas de redes de cartões e ganhar mais controle sobre pagamentos. Em teoria, as stablecoins poderiam reduzir custos, acelerar liquidações e até financiar recompensas para compradores se forem lastreadas por reservas que rendem juros.
Os analistas, no entanto, acreditam que o verdadeiro desafio é fazer com que os consumidores se importem. "A proposta de valor para o comerciante é clara (menores custos de aceitação ao evitar taxas de intercâmbio), mas temos dificuldade em ver o que realmente impulsiona a adoção pelo consumidor", disseram. "A resistência do comportamento do consumidor em pagamentos é constantemente subestimada quando se discute o risco de esquemas/métodos de pagamento alternativos." Mesmo com descontos ou cashback, a Jefferies duvida que os incentivos seriam grandes o suficiente para mudar o comportamento em larga escala.
Se Amazon e Walmart lançarem suas próprias moedas, a Jefferies espera que o modelo se pareça mais com uma carteira de circuito fechado — pense no REDcard da Target, mas digital — com stablecoins usadas dentro do ecossistema de cada varejista.
"Continuamos céticos de que os consumidores americanos adotarão stablecoins emitidas por comerciantes em larga escala", disse a Jefferies, observando que para as stablecoins substituírem os cartões, elas precisariam oferecer descontos muito mais profundos (o que consumiria todas as economias de custo) ou utilidade radicalmente melhor.
Embora as stablecoins tenham sido aclamadas como a panaceia para transações transfronteiriças, os analistas sugerem que, nos principais corredores de moedas, as stablecoins não oferecem vantagem de velocidade ou custo sobre as estruturas de câmbio existentes, e a conversão de moeda fiduciária ainda é necessária em ambas as extremidades da transação.
"As stablecoins representam apenas o canal para movimentação de liquidez transfronteiriça; a moeda fiduciária ainda é necessária para completar um pagamento na conta bancária local do destinatário", escreveram os analistas. Em mercados mais difíceis de alcançar, as stablecoins poderiam melhorar as margens substituindo o SWIFT, mas o impacto provavelmente será limitado.
As stablecoins podem ser a palavra da moda mais recente em pagamentos, mas a Jefferies vê pouco risco para a dominância da Visa e Mastercard — pelo menos até que alguém decifre o código da adoção pelo consumidor. Por enquanto, a ameaça existencial parece mais uma manchete do que uma realidade.
Essa notícia foi traduzida com a ajuda de inteligência artificial. Para mais informação, veja nossos Termos de Uso.