Robert Kiyosaki gravou uma entrevista sobre a recente queda no preço do Bitcoin (BTC). Para o autor de “Pai Rico, Pai Pobre”, os bancos centrais fecharão ainda mais o cerco em torno da criptomoeda, levando a perda do suporte na região dos US$ 30.000.
Ao passo que os bancos centrais não permitiram quedas, eles também pretendem reduzir o sucesso das criptomoedas. Portanto, atos como a proibição da mineração na China são apenas o começo, alerta Kiyosaki.
Maior bolha da história
Durante a entrevista, Kiyosaki voltou a alertar sobre uma nova crise financeira. Chamada pelo investidor de “a maior de todas as bolhas”, a bolha em questão estaria armada justamente pelos bancos centrais.
O empresário citou os resgates financeiros promovidos pelo Federal Reserve (Fed), cujo preço superou os R$ 10 trilhões desde o início da crise do coronavírus. Na visão de Kiyosaki, o Fed agirá para garantir que os mercados não entrarão em queda, alimentando a bolha atual.
Como forma de prevenção, ele destacou que está comprando mais ouro e prata. Por outro lado, o BTC, que ainda consta em seu portfólio, pode enfrentar novas correções. Em 18 de junho, Kiyosaki afirmou que a criptomoeda pode buscar a região dos US$ 24.000
“Então, temos estão as ações. O governo vai garantir que elas não quebrem. O ouro não vai quebrar. Mas as criptomoedas podem. Sabe porque? Porque o Fed não quer as criptomoedas. A razão pela qual eu gosto de BTC, a razão pela qual eu compro Bitcoin e Ethereum, é porque eu não gosto do Fed”, disse Kiyosaki.
Em outras palavras, Kiyosaki elogiou as criptomoedas ao mesmo tempo que alertou sobre novas quedas. Sua aposta mais recente é que o preço ainda pode buscar níveis abaixo dos US$ 30.000 em 2021. Ao mesmo tempo, ele destacou que as crises são o melhor momento para quem busca enriquecer.
Moedas de bancos centrais são um risco
Na mesma entrevista, Kiyosaki também falou sobre as moedas digitais de bancos centrais (CBDC, na sigla em inglês). Na visão do empresário, um dólar digital pode eliminar a utilidade dos bancos na economia norte-americana.
Ao mesmo tempo, a prática estimularia ainda mais o financiamento de bens via endividamento e o consumo, visto que permitiria a implementação de juros negativos com mais facilidade. Outro temor de Kiyosaki é o nível de controle que uma CBDC daria aos estados.
“Com as CBDC, os governos controlarão o dinheiro, como as pessoas ganham dinheiro, como elas gastam, para onde podem viajar. Em suma, controlarão tudo sobre você. Isso se chama totalitarismo”, alertou.