A empresa chinesa Foxconn (SS:601138), maior fabricante mundial de iPhones, foi vítima de um ataque hacker. A notícia foi divulgada na segunda-feira (7), mas o ataque ocorreu no dia 29 de novembro.
O ataque ocorreu com o uso de ransomwares e a vítima foi uma fábrica da empresa no México. A fábrica em questão é a sede americana da companhia.
Em nota, a Foxconn Internacional confirmou a ocorrência do ataque.
“Podemos confirmar que um sistema de informação nos EUA que apóia algumas de nossas operações nas Américas foi o foco de um ataque de segurança cibernética em 29 de novembro. Estamos trabalhando com especialistas técnicos e agências de aplicação da lei para realizar uma investigação”, disse a empresa.
Servidores e dados comprometidos
Segundo o site BleepingComputer, o ataque foi realizado por um grupo hacker intitulado DoppelPaymer.
No total, pelo menos 20 TB de backup foram supostamente deletados pelos cibercriminosos. Além dos dados perdidos, pelo menos 1.200 servidores foram comprometidos.
Por fim, cerca de 100 GB de dados da companhia foram roubados. O grupo hacker já começou a liberar alguns documentos na Internet.
Os hackers exigiram pagamento para liberar a chave que desbloqueia os servidores e libera os demais arquivos. Foram exigidos 1.800 Bitcoins como pagamento, o equivalente a R$ 166 milhões na cotação atual.
Junto com o pedido, os cibercriminosos deram alguns dias para a Foxconn decidir se paga ou não o resgate pelo restante das informações.
No entanto, o tempo da empresa seria bastante limitado. Segundo os hackers, a chave de criptografia expira 21 dias após o ataque. Logo, a empresa teria menos de um mês para contornar a situação.
Foxconn tranquiliza acionistas
Naturalmente, o ataque causou um grande temor entre os acionistas da empresa. Por isso, a Foxconn enviou um comunicado para a bolsa de Taiwan, onde suas ações são listadas.
Na terça-feira (8), a Foxconn afirmou que o impacto do ataque foi “limitado”. Segundo o Taiwan News, os serviços da filial mexicana começaram a ser restabelecidos gradualmente.
Os ataques envolvendo ransomwares têm sido frequentes em 2020. Segundo a empresa de segurança Kaspersky, eles devem aumentar em 2021.