A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) anuncio nesta quarta-feira (19) a suspensão das atividades da Brava500 no Brasil. A empresa, que afirma negociar criptomoedas, não tem permissão da autarquia para atuar no país.
Desta forma, a stop order impede que a Brava500 continue operando e captando clientes no Brasil. Além disso, usuários empilham reclamações contra a empresa na plataforma Reclame Aqui.
“A CVM ressalta que a empresa não tem autorização para atuar como intermediário de valores mobiliários,” diz o anúncio da CVM.
CVM suspende atuação da Brava500
A Brava500 é uma empresa que se apresenta como uma plataforma de investimentos. Segundo seu site, a Brava500 viabiliza a negociação de mais de 1.000 ativos financeiros, incluindo criptomoedas, commodities e ações.
A plataforma diz suportar negociações de Bitcoin, Ethereum, Bitcoin Cash e Litecoin.
Mas segundo a Superintendência de Relações com o Mercado e Intermediários da CVM, a companhia não tem autorização para ofertar esses investimentos.
Por isso, o Ato Declaratório nº 18.770 exige que a Brava500 suspenda qualquer oferta pública de serviços de intermediação de valores mobiliários.
Caso a empresa não cumpra a determinação, poderá ser multada no valor diário de R$ 1.000.
Aos investidores, a CVM recomendou que denunciem ao Serviço de Atendimento ao Cidadão caso recebam propostas de investimentos pela empresa.
Empresa é acusada de organização criminosa
Nas últimas 24 horas, a empresa já acumula 5 queixas que seguem sem respostas no site Reclame Aqui.
Como mencionado, os clientes reclamam que não estão conseguindo realizar saques. Em uma das queixas, um cliente afirma que há três semanas não consegue sacar seu dinheiro. Conforme relatou, o suporte da empresa também não retorna seus contatos.
Outro usuário afirma que a Brava500 “tem feito muitas vítimas no Brasil”:
“Eles não são registrados em lugar nenhum. Seu escritório em São Paulo não existe. Seus atendentes não se identificam por fotos ou imagens. (…) Estão no Brasil para captar recursos financeiros ilegalmente, sua plataforma é como um simulador.”
Há ainda uma reclamação que informa que um grupo de pessoas está sendo reunido para dar entrada em um processo coletivo criminal contra a empresa.
“Trata-se de uma organização criminosa. Um grupo de estelionatários. Lavagem de dinheiro etc…”