A Mastercard se uniu à empresa de software ConsenSys para lançar uma solução que visa tornar a rede Ethereum mais escalável, rápida e privada.
Trata-se da ConsenSys Rollups, que vai fornecer “recursos de privacidade e escalabilidade” para aplicativos conectados a qualquer sistema compatível com o Ethereum Virtual Machine (EVM).
Na prática, a solução, que será executada em uma cadeia de testes privada, oferece a capacidade de aumentar o rendimento em até 10.000 transações por segundo. Assim, contribui para a “missão” do Ethereum 2.0. Vale destacar que, atualmente, a rede principal processa apenas 15 transações por segundo.
De acordo com um comunicado da ConsenSys, publicado na quinta-feira (16), para projetar a solução, a empresa aproveitou a experiência da equipe de engenharia da Mastercard.
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DeFi, NFT, jogos e metaverso serão beneficiados
Conforme destacou a ConsenSys, os projetos no Ethereum estão explodindo em áreas como DeFi, NFT, jogos, Web 3.0 e metaverso.
Segundo a empresa, isso mostra a forte adoção da plataforma. Mas também exige aprimoramentos da rede:
“O uso do Ethereum é o mais alto de todos os tempos. São mais de 177 milhões de endereços do Ethereum existentes e dezenas de milhares adicionados a cada dia. No entanto, embora o alto uso da rede indique uma forte adoção, também aponta para a necessidade de soluções de escalabilidade e aprimoramento da privacidade”, diz o comunicado.
A ConsenSys explicou que a solução de software pode ser usada na Ethereum Mainnet ou em redes privadas ConsenSys Quorum.
Os desenvolvedores explicaram que a ferramenta aproveita as provas de conhecimento zero (ZK) para proteger elementos específicos da transação. Ou seja, saldos de contas, remetente, destinatário e valor.
O objetivo é evitar que esses dados importantes da transação sejam compartilhados publicamente pela rede. Dessa forma, o recurso aumenta significativamente a privacidade e a confidencialidade das transações.
“As tecnologias à prova de conhecimento zero permitem que uma parte demonstre seu conhecimento para outra sem ter que compartilhar as informações reais. Neste contexto, são usadas para verificar e certificar transações sem ter que executá-las na rede blockchain”, explicaram.
Madeline Murray, líder global de Engenharia de Protocolo da ConsenSys, destacou que a solução permite muito mais escalabilidade e proteções de privacidade. Além disso, pode ser usada para aprimorar as soluções para casos de uso existentes e permitir novos casos de uso.
“Esta solução inovadora ajudará a acelerar a construção do futuro das finanças”, completou.
Novos casos de uso Os novos casos de uso citados por Murray incluem: Moedas Digitais do Banco Central (CBDCs); exchanges descentralizadas (DEXs); micropagamentos; transferência privada e impostos.
Sobre a iniciativa, Raj Dhamodharan, vice-presidente executivo de Ativos Digitais e Produtos e Parcerias Blockchain da Mastercard, destacou:
“Acreditamos que existe um potencial real na blockchain ajudando a resolver problemas do mundo real. A proteção do consumidor, incluindo privacidade e infraestrutura altamente escalável, são requisitos essenciais para qualquer solução de blockchain que construímos. Nossa colaboração com a ConsenSys é um passo fundamental para atender a essa necessidade e fazer avançar este espaço.”