O CEO da MicroStrategy (NASDAQ:MSTR), Michael Saylor, anunciou uma nova compra de Bitcoin (BTC) por parte da empresa. De acordo com Saylor, foram adquiridos 4.167 BTC a um preço total de US$ 190 milhões, cerca de R$ 883 milhões em valores atuais. Cada BTC foi adquirido a um preço médio de US$ 45.714.
Como resultado, a empresa agora possui 129.218 BTC em caixa, de longe a maior quantia detida por uma empresa listada. Desse total, cerca de 115 mil BTC estão sob custódia da MacroStrategy, subsidiária da empresa que lida com as operações de criptomoedas.
A nova compra foi realizada após a empresa obter um empréstimo de US$ 205 milhões junto ao banco Silvergate. Conforme noticiou o CriptoFácil, o dinheiro foi obtido em 30 de março, ou seja, a empresa provavelmente realizou a compra nos últimos seis dias.
MacroStrategy has purchased an additional 4,167 bitcoins for ~$190.5 million at an average price of ~$45,714 per #bitcoin. As of 4/4/22 MicroStrategy #hodls ~129,218 bitcoins acquired for ~$3.97 billion at an average price of ~$30,700 per bitcoin. $MSTRhttps://t.co/Z45OuJU5KI— Michael Saylor (@saylor) April 5, 2022
No ritmo de acumulação Com a nova aquisição, tanto Saylor quanto a MicroStrategy seguem firmes na estratégia de “hold eterno”. O CEO já deixou claro em várias ocasiões que não pretende vender nenhum dos BTC comprados até o momento.
Desde sua primeira compra de BTC, em agosto de 2020, a MicroStrategy completa 20 meses seguindo esta estratégia. A princípio, Saylor afirmou que o objetivo era trocar parte do caixa da empresa de dólares para BTC.
Nesse sentido, o CEO disse que estava em busca de uma reserva de valor mais sólida e confiável, algo que ele enxergou na criptomoeda. Em 30 de março, Saylor afirmou que o BTC tem potencial de substituir títulos de dívida como a reserva de valor global.
“Quando títulos de dívida soberana não são mais uma reserva de valor, a resposta racional é substituir os títulos pelo Bitcoin”, disse o CEO.
Ao mesmo tempo, as políticas de juros baixos – ou até negativos – corroboram a tese de Saylor. O analista alemão Holger Zschaepist destacou essa diferença nos títulos de seu país. Enquanto os juros dos bonds da Alemanha estão em zero, a inflação dos últimos 12 meses atingiu 7,3%, o maior nível dos últimos 30 anos.
Ou seja, os rendimentos dos bonds estão na prática perdendo valor. Por outro lado, o BTC tende a ganhar valor com o tempo em relação às moedas fiduciárias, na visão de Saylor. Logo, o CEO está investindo pesado em acumular mais caixa.