Em um ofício enviado ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), o PicPay revelou que já teve como cliente uma pirâmide financeira.
Segundo a fintech, a pirâmide tinha como fachada operações de criptomoedas. No entanto, o PicPay não deu mais detalhes sobre a pirâmide citada.
O ofício em questão foi enviado ao CADE nesta quarta-feira (9) em resposta à diversas perguntas feitas pela autarquia.
Operações ilícitas de corretoras de criptomoedas
A solicitação de informações feita pelo CADE ao PicPay e a outras fintechs está relacionada ao Inquérito Administrativo nº 08700.003599/2018-95.
Essa investigação apura “supostas condutas anticoncorrenciais praticadas por instituições bancárias em desfavor de empresas corretoras de criptomoedas”.
Portanto, umas das perguntas do CADE é se a empresa já identificou operações ilícitas realizadas por corretoras de criptoativos.
Assim, o PicPay respondeu:
“Até o momento não identificamos operações ilícitas realizadas por corretora de criptoativos”, disse. “Entretanto, já detectamos uma pirâmide financeira que tinha como fachada a operação de criptomoedas, o que foi devidamente reportado ao Coaf e cujos envolvidos tiveram suas contas canceladas”, acrescentou o PicPay.
Normas de Segurança e rastreamento
Além disso, o CADE queria saber sobre as normas de segurança e rastreamento das empresas. Então, solicitou às fintechs que informassem detalhadamente sobre essas práticas com foco nas transações das corretoras de criptomoedas.
Sobre isso, o PicPay respondeu:
“Todos os usuários do PicPay passam por um processo de KYC [Conheça Seu Cliente], por meio do qual são confirmadas as informações cadastrais. Adicionalmente, todas as transações realizadas em nosso aplicativo são submetidas a análises antifraude e monitoradas para fins de PLD”.
Sobre o inquérito
Além do PicPay, o CADE também fez a solicitação de esclarecimentos a outras processadoras de pagamento. Algumas delas são: PayPal, PagSeguro (NYSE:PAGS), Stone (NASDAQ:STNE) e Mercado Livre (NASDAQ:MELI). No entanto, até o momento, apenas o PicPay respondeu aos questionamentos.
Além das fintechs, o CADE também solicitou informações a alguns bancos, exchanges, ao Banco Central bem como à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).