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Pirâmide de criptomoedas: Como negócios de famosos chegaram à investigação?

Publicado 26.08.2023, 11:54
© Reuters.
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Investing.com - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados que investiga esquemas de pirâmide financeira com criptoativos teve um novo capítulo esta semana. A aprovação Da quebra de sigilo bancário dos atores Cauã Reymond, Tatá Werneck e do apresentador Marcelo Tas levantou discussões sobre os negócios com empresas ligadas aos criptoativos no Brasil e como foram parar na lista dos parlamentares.

De acordo com a comissão, eles são investigados por terem participado de propagandas da empresa Atlas Quantum. O requerimento das quebras de sigilo foi apresentado pelo deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP) e o objetivo é ter acesso aos “contratos e aos dados do pagador relativos às campanhas realizadas”. Vale lembrar que, antes dos três, o ex-astro do futebol, Ronaldinho Gaúcho e o ex-deputado Arthur do Val, o "Mamãe Falei", também já engrossavam a lista de investigados pela CPI.

A quebra de sigilo gerou bate-boca e troca de farpas. O deputado Áureo Ribeiro (SDD-RJ), presidente da CPI, chegou a afirmar que “todos devem ser tratados de forma igual, não importa se são celebridades ou artistas”, disse.

Entenda o caso da quebra de sigilo dos artistas

Os três famosos tiveram o sigilo bancário quebrado por terem feito propaganda para a Atlas Quantum, empresa fundada em 2018 por Rodrigo Marques dos Santos e Fabrício Spiazzi Sanfelice Cutis e acusada de aplicar um golpe de R$ 7 bilhões em cerca de 200 mil investidores.

A Atlas prometia rendimentos de 5% ao mês com arbitragem de Bitcoin. No entanto, a empresa colapsou em 2019, deixando um prejuízo bilionário para quem investiu. Naquele ano, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) proibiu a Atlas Quantum de ofertar produtos de investimento coletivo. A empresa também teve a quebra de sigilo autorizada.

Eles foram convocados para prestar esclarecimentos aos deputados, mas faltaram com a permissão do Supremo Tribunal Federal. A atriz Tatá Werneck considerou “absurda e totalmente descabida” a quebra de sigilo.

Leia mais: Presidente da CPI das Pirâmides focará em segregação de ativos de exchanges com nova legislação

Em nota, ela diz que “apenas participou de campanha publicitária, 5 anos atrás, quando a empresa era considerada sólida em seu mercado. Como artista, ela jamais poderia prever que a empresa se envolveria em fraudes anos depois”, diz a nota assinada pelos advogados Maíra Fernandes, Guilherme Furniel e Ricardo Brajterman enviada ao Poder360.

“Admitir que os artistas sejam punidos por possíveis erros futuros de empresas para as quais tenham feito propaganda - e pelas quais sequer continuem contratados - significaria o fim da publicidade no Brasil.”

A defesa afirma ainda que a humorista “jamais foi sócia, investidora ou participou dos lucros da empresa, motivo pelo qual considera a quebra de sigilo absurda e totalmente descabida” e que irá tomar “todas as medidas judiciais cabíveis”.

Já o apresentador Marcelo Tas garantiu, na sua conta do Twitter, que não tem nada a esconder. "Agradeço quem tem paciência para entender os truques de alguns para desviar a atenção da mídia do que importa. Respeito e frequento o Congresso Nacional desde 1984. Desejo sinceramente que os parlamentares não caiam na tentação de transformar as CPIs num reality de má qualidade. Mas se isso acontecer, sugiro o nome do show:. Big Brother Brasília", afirmou.

Convocação de Ronaldinho Gaúcho à CPI

O ex-astro do futebol, Ronaldo de Assis Moreira, popularmente conhecido como Ronaldinho Gaúcho, pode ter que ir depor na CPI de forma coercitiva. A possibilidade existe após não comparecer à comissão para prestar informações sobre o seu envolvimento com a '18k Ronaldinho', um suposto esquema de pirâmide que prometia 400% de lucro ao mês sobre investimentos em criptomoedas.

O irmão do jogador, o empresário e ex-jogador de futebol Roberto de Assis Moreira, foi à CPI. Na comissão, ele negou que Ronaldinho tivesse qualquer relação com a empresa em questão. De acordo com Assis, Ronaldinho Gaúcho licenciou sua imagem apenas para a empresa de relógios 18k Watches. Ou seja, segundo Gaúcho, o irmão não teria permitido o uso de sua imagem para qualquer empresa de criptomoedas ou marketing multinível.

Mamãe Falei também fez publicidade de criptos

Arthur Moledo do Val, ex-deputado estadual por São Paulo conhecido por seu canal no YouTube “Mamãe Falei,” também será ouvido pela CPI por ter divulgado em suas redes sociais um vídeo no início de 2018 em que recomendava a Atlas a seus seguidores.

No vídeo, o ex-deputado incentivava o cadastro de pessoas na plataforma, além de incentivar o investimento em Bitcoin através dela. Diante das suspeitas, a CPI disse que considera, ainda sem data específica, importante ouvir o ex-deputado para esclarecer o papel que desempenhou na divulgação da Atlas e verificar se houve algum tipo de participação nas atividades da empresa.

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