A taxa hash da rede Bitcoin (BTC), ou seja, o seu poder de processamento, atingiu um novo recorde histórico (ATH) neste fim de semana. A alta indica que a rede alcançou o maior nível de segurança já visto até hoje.
Além disso, sugere um crescimento da atividade de mineração global apesar dos apagões no Cazaquistão e das proibições na China.
De acordo com dados da Glassnode, a taxa de hash do Bitcoin atingiu 248,75 exahashes por segundo no sábado. Trata-se de um número nunca visto antes para a rede BTC.
O número registrado no sábado corresponde ainda a um salto quase 32% em relação a taxa hash registrada no dia anterior, 188,40 exahashes por segundo
Pouco depois da ATH, o hash rate recuou e, no momento da escrita desta matéria, está em 209 TH/s.
Taxa de hash da rede Bitcoin
A taxa de hash representa o número de nós na rede Bitcoin. Assim, taxas de hash mais altas significam mais descentralização e mais poder de computação disponível na rede.
Consequentemente, quanto mais descentralizada for uma rede, menos vulnerável ela será a ataques, o que é extremamente conveniente para o desenvolvimento do ecossistema Bitcoin.
Esta não é, no entanto, a primeira vez que a taxa de hash do Bitcoin atinge uma alta histórica este ano.
Em janeiro, a rede tinha uma taxa de hash média de 190,71 EH/s, apesar dos problemas enfrentados pelos mineradores no Cazaquistão que sofreram com a falta de energia e com cortes na internet.
Como resultado, a taxa de hash do Bitcoin caiu cerca de 13%. Afinal, o país é o segundo maior em termos de mineração de Bitcoin no mundo.
Agora, o forte aumento mostra que a rede Bitcoin é resiliente. Além disso, prova que mesmo a queda de preço do Bitcoin não impede que novos mineradores se juntem à rede.
Na última semana, o preço do BTC caiu cerca de 3%. Depois de ter sido negociado acima de US$ 45.000 no dia 10 de fevereiro, a principal criptomoedas do mercado voltou a recuar. No momento da escrita, o BTC está sendo negociado a US$ 42.745.