O Solana Labs anunciou o lançamento do serviço de pagamentos Solana Pay na terça-feira (1). De acordo com a organização, o serviço visa criar um canal direto (P2P) entre consumidores e lojas parceiras.
Com o Solana Pay, usuários poderão pagar serviços diretamente com criptomoedas que operam na rede SOL. A princípio o serviço permitirá o envio de stablecoins, como o USD Circle (USDC). Nesta parte, somente os clientes poderão realizar pagamentos.
Na próxima fase, o Solana Pay permitirá que os comerciantes enviem criptomoedas de volta aos consumidores. Esta fase abrirá novas possibilidades, como o envio de transações de troco, a exemplo do que já ocorre no Pix brasileiro, por exemplo.
Para o mundo dos pagamentos
O Solana Pay é um grande passo de entrada da SOL no concorrido setor de pagamentos. Atualmente o setor é dominado pelas gigantes Apple (SA:AAPL34) (NASDAQ:AAPL) e Google (SA:GOGL34)(NASDAQ:GOOGL) através do Apple Pay e Google Pay, respectivamente. Há também uma série de outras empresas como PayPal (NASDAQ:PYPL), Venmo, Wise, App e Listra.
Grande parte desses serviços planeja entrar no mercado de criptomoedas – o PayPal, por exemplo, já tem planos de criar uma stablecoin própria. No entanto, nenhum deles surgiu de forma totalmente descentralizada, por isso a SOL visa preencher esta essa lacuna.
“Os comerciantes conseguiram aceitar criptomoedas há anos, mas a aceitação geralmente significa se estabelecer em moedas instáveis, trocando um intermediário para outro”, afirma Sheraz Shere, chefe de pagamentos do Solana Labs
Dessa forma, o Solana Pay quer levar todas as vantagens da criptoeconomia para as empresas. Com o serviço, comerciantes terão acesso a custos mais baixos, geração de renda em finanças descentralizadas (DeFi), proteção contra fraude, entre outros.
Inicialmente, o Solana Pay processará pagamentos em USDC, mas também permitirá outros tokens criados no formato SPL. O preço da SOL reagiu bem e opera a R$ 588,01, com alta de 5,79% nas últimas 24 horas.
Com base em uma série de notícias positivas, o preço da SOL teve valorização superior a 20% neste início de fevereiro. Na segunda-feira (1), a listagem de dois tokens de seu ecossistema na exchange Coinbase (NASDAQ:COIN) levou a ganhos superiores a 19%.
Nos últimos dois anos, a SOL ganhou destaque por seus enormes avanços, que a credenciaram como uma das principais concorrentes do Ethereum (ETH). No entanto, a rede sofreu uma série de interrupções no seu funcionamento em janeiro.
Foram dois ataques de negação de serviço (DDoS) no mês passado, sendo quatro num período de apenas cinco meses. Essas sobrecargas deixaram a rede lenta e chegar até a cancelar transações de forma aleatória.