Brad Garlinghouse, CEO da Ripple, acredita que o maximalismo em relação ao Bitcoin e outras criptomoedas não é saudável para o setor.
Segundo ele, colocar o Bitcoin em um pedestal e criar um “tribalismo” em torno dele pode conter todo o mercado de criptomoedas de quase US$ 2 trilhões.
“A polarização não é saudável na minha opinião”, disse
Garlinghouse citou alguns exemplos de pessoas que acreditam apenas nos méritos do Bitcoin e rejeitam quaisquer outras criptomoedas como, por exemplo, o chefe da MicroStrategy (NASDAQ:MSTR), Michael Saylor e Jack Dorsey, cofundador do Twitter.
Para Garlinghouse, os maximalistas do Bitcoin acabam fazendo do BTC uma religião.
“Dinheiro é algo para se viver. Bitcoin é algo para se viver e não uma religião”, afirmou.
Além disso, o CEO da Ripple afirmou que esse maximalismo é excessivo. Nesse sentido, os investidores devem diversificar e confiar em mais ativos digitais, pois “todos os barcos podem subir”. Por outro lado, ele admitiu ser um detentor de Bitcoin e Ether.
“Eu possuo Bitcoin, possuo Ether, possuo alguns outros. Acredito absolutamente que esta indústria vai continuar a prosperar”, afirmou.
Bitcoin
O CEO da Ripple, que já foi executivo do Yahoo, comparou o atual setor de ativos digitais com a era pontocom do final dos anos 1990 e início dos anos 2000.
No entanto, apesar de pedir aos investidores que explorem mais ativos digitais, o chefe da Ripple não apoia todos eles. Um token que ele acredita ser prejudicial à indústria de criptomoedas é Dogecoin (DOGE).
“Na verdade, não estou convencido de que a Dogecoin seja bom para o mercado de criptomoedas. Dogecoin tem alguma dinâmica inflacionária que me deixaria relutante em obter este ativo”, declarou.
Ao contrário de outros ativos digitais, como o Bitcoin, Dogecoin não possui um limite máximo de fornecimento. Na verdade, cerca de 14 milhões de DOGE são extraídos todos os dias.
Portanto, isso tem sido um catalisador para muitos especialistas estimarem que a essência do token é semelhante às moedas fiduciárias que são impressas em quantidades colossais pelos bancos centrais