Argentina vê inflação diminuir, mas trabalhadores ainda enfrentam aperto financeiro

Publicado 10.10.2024, 15:24
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Na Argentina, um país que lida com as maiores taxas de inflação do mundo, há sinais de uma desaceleração lenta nos aumentos de preços. No entanto, essa pequena desaceleração está fazendo pouco para aliviar as pressões financeiras sobre os residentes cujas rendas permanecem estagnadas em meio aos custos crescentes de bens e serviços essenciais.

Moradores de Buenos Aires, como o professor universitário Daniel Vazquez, expressam frustração com a crescente disparidade entre preços e salários. "Estamos perdendo a noção do que é caro e do que é barato", afirmou Vazquez, destacando a luta para acompanhar o aumento do custo de vida.

Analistas preveem que a taxa de inflação para o ano inteiro de 2024 ficará em torno de 124%, apesar de uma projeção de queda para uma taxa mensal de 3,5% para setembro e outubro. Ainda assim, a taxa de inflação anual em agosto estava alarmantemente alta em 237%.

As medidas de austeridade implementadas pelo presidente libertário Javier Milei, que incluem cortes de subsídios para energia e transporte, têm sido uma faca de dois gumes. Embora visem reduzir os gastos do setor público e diminuir as operações do governo, esses cortes agravaram a recessão e elevaram as taxas de pobreza para aproximadamente 53%.

O impacto dessas políticas financeiras é sentido em todos os setores. Ivan Cortesi, um programador de computadores de 30 anos, observou que, embora os preços dos alimentos tenham permanecido relativamente estáveis no último mês, os custos de serviços públicos aumentaram significativamente.

A decisão do presidente Milei de desvalorizar a moeda local ao assumir o cargo em dezembro e suas reduções agressivas de gastos atingiram duramente vários grupos, particularmente trabalhadores informais, funcionários públicos, aposentados, médicos e professores.

Em um recente desenvolvimento político, o Congresso da Argentina não conseguiu reverter o veto do presidente Milei à legislação destinada a ajustar o financiamento universitário de acordo com a inflação. Essa decisão veio na esteira de protestos generalizados de estudantes e funcionários universitários. Milei tem afirmado consistentemente que vetará qualquer legislação que ele acredite poder ameaçar a estabilidade fiscal.

Os desafios enfrentados pelos argentinos continuam enquanto o país navega pela turbulência econômica, com a alta inflação desacelerando apenas marginalmente e as medidas governamentais afetando a capacidade da população de lidar com as despesas crescentes.

A Reuters contribuiu para este artigo.

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