Frankfurt (Alemanha), 2 dez (EFE).- O Conselho do Banco Central Europeu (BCE) decidiu nesta quinta-feira manter os juros básicos da zona do euro em 1% para apoiar o vulnerável crescimento econômico.
A instituição europeia informou em Frankfurt que, em sua última reunião do ano, deixou inalterada a facilidade marginal de crédito, pela que empresta dinheiro aos bancos, de 1,75%.
Por sua vez, o BCE manteve a facilidade de depósito, que remunera depósitos overnight em bancos centrais nacionais a 0,25%.
Nesta semana, os mercados penalizaram a dívida soberana de países como a Espanha, Itália e Bélgica pelo temor de contágio do ocorrido na Grécia e recentemente na Irlanda.
A situação nos mercados acalmou-se nesta quinta-feira depois que a Espanha adjudicasse 2,468 bilhões de euros em bônus para três anos com juro marginal de 3,797%, o mais alto desde setembro de 2008, quando quebrou o banco Lehman Brothers, quando esteve em 4,35%.
Nos EUA, as taxas se situam atualmente entre zero e 0,25% e no Japão entre zero e 0,1%.
O euro caiu nas últimas semanas pelas tensões nos mercados de dívida pública europeia.
A moeda única estava nesta quinta-feira cotada a US$ 1,3180, depois que o banco europeu divulgou sua decisão sobre as taxas de juros.
Há um mês, o euro havia disparado, até o máximo desde janeiro, acima de US$ 1,4250, depois que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) anunciasse a compra de dívida pública no valor de US$ 600 bilhões.
Nesta quinta-feira, o BCE também publicará suas últimas projeções macroeconômicas. Os mercados não preveem mudanças importantes. O BCE considera que o crescimento econômico é moderado e que seguirá assim até 2012. EFE