Investing.com – O Banco Central Europeu (BCE) decidiu nesta quinta-feira, 12, reduzir sua principal taxa de juros em 0,25% para 3,50%, conforme amplamente esperado pelo mercado. A medida, segundo a instituição, é parte de um ajuste necessário na postura da política monetária, diante das atuais condições econômicas e inflacionárias da zona do euro.
O Conselho Dirigente do BCE justificou a redução das taxas apontando para a dinâmica recente da inflação e as projeções econômicas. "A expectativa é que a inflação geral fique em média de 2,5% em 2024, com um aumento temporário previsto para o final deste ano, seguido de uma diminuição em direção à nossa meta no próximo ano", explicou a instituição. Essas taxas são consistentes com as previsões anteriores, que previam uma inflação de 2,2% em 2025 e 1,9% em 2026.
O BCE também observou um aumento na inflação dos serviços, o que levou a uma revisão ligeiramente para cima nas projeções da inflação básica para os próximos anos. "A equipe continua a prever uma redução da inflação básica, de 2,9% este ano para 2,3% em 2025 e 2,0% em 2026", destaca o comunicado do Conselho.
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A decisão de moderar a política monetária também leva em consideração o estado atual da economia, que continua apresentando sinais de fraqueza com restrições de financiamento e baixo consumo privado e investimento. "A expectativa é que a economia cresça 0,8% em 2024, aumentando para 1,3% em 2025 e 1,5% em 2026", projeta o BCE, notando uma revisão para baixo comparada às projeções anteriores devido à fraca demanda interna.
O Conselho Dirigente disse estar determinado a garantir que a inflação retorne à meta de médio prazo de 2% de forma eficaz e tem planos de manter as taxas de juros em níveis restritivos pelo tempo necessário para atingir esse objetivo. "As decisões sobre taxas de juros se basearão na análise da perspectiva inflacionária, em função dos novos dados econômicos e financeiros", afirmam os responsáveis pela política monetária.
Além disso, foram anunciadas mudanças no quadro operacional para a implementação da política monetária, que entrarão em vigor a partir de 18 de setembro de 2024, ajustando os diferenciais entre as principais taxas de juros para manter a eficácia da transmissão da política monetária.