O Banco Nacional Suíço (SNB), o banco central do país, afirmou, em relatório, que as regulações bancárias pós-crise no Credit Suisse (SIX:CSGN), em 2023, e a subsequente aquisição por sua rival UBS, devem ser mais fortes. A crise, segundo o SNB, expôs fraquezas no atual sistema regulatório do país europeu.
A autoridade monetária suíça diz concordar com a visão do Conselho Federal, grupo de chefia de estado formado por sete ministros, que reafirmou "necessidade de ação nas áreas de requisitos de capital, requisitos de liquidez, intervenção antecipada e planejamento de recuperação e resolução".
As propostas têm como objetivo fortalecer, criar resiliência e aumentar a capacidade de resolução de crise dos bancos, segundo o SNB.
As regulações propostas pela instituição passam pelo fortalecimento dos principais instrumentos de estabilização bancária, entre eles o chamado Additional Tier 1 (AT1) e o Common Equity Tier 1. A entidade também defende uma melhora no sistema de proteção das subsidiárias dos bancos.
Ainda assim, o SNB sugere que medidas adicionais às regulações propostas, como testes de estresse e indicadores de mercado para ver projeções futuras, podem ser um ponto para ampliar a resiliência dos bancos.
Outra proposta de regulação da instituição é que "os bancos devem ser obrigados a preparar um volume adequado de garantias elegíveis para obter assistência de liquidez emergencial dos bancos centrai", citando como um dos fatores que poderia ter evitado a quebra do Credit Suisse.
Outro ponto citado pelo SNB seria a institucionalização legal da reserva de liquidez pública (PLB), uma das ferramentas utilizadas para evitar a quebra de bancos "grandes demais para quebrarem".