Nubank (NU) em máxima histórica: O que a análise gráfica diz?
CONPENHAGUE (Reuters) - O Banco Central Europeu não deve tentar microgerenciar a política monetária e só deve cortar as taxas de juros novamente se o crescimento dos preços estiver indo abaixo da meta sem se recuperar, disse o chefe do banco central croata, Boris Vujcic, nesta quarta-feira.
O BCE está em compasso de espera desde junho e os formuladores de políticas estão debatendo se é necessária mais flexibilização, uma vez que o crescimento dos preços deverá ficar abaixo de sua meta de 2% no próximo ano.
A maioria dos formuladores de políticas argumenta que nenhuma ação é necessária, já que as projeções mostram que a inflação voltará à meta em 2027. Entretanto, alguns alertam que as leituras abaixo da meta correm o risco de derrubar as expectativas e perpetuar o crescimento anêmico dos preços, como nos anos pré-pandêmicos.
"Para outro corte, seria preciso ver a inflação em trajetória descendente", disse Vujcic em uma conferência do Danske Bank em Copenhague. "Ou seja, não uma queda seguida de um retorno."
Os comentários ecoam avisos de outros formuladores de políticas que advertem contra a ação em desvios pequenos e temporários da meta.
Os mercados veem praticamente nenhuma chance de corte nos juros em 18 de dezembro, quando o BCE divulgará novas projeções de inflação, incluindo seus números iniciais para 2028. Mas os investidores ainda veem uma chance em três de um corte até meados de 2026.
"O microgerenciamento da política monetária para atingir exatamente a meta de 2% é uma tarefa praticamente impossível e só introduz volatilidade desnecessária", declarou Vujcic. "Se as pressões se tornarem mais persistentes, de um lado ou de outro, isso é diferente e exigiria uma mudança no status da política monetária."
Ele acrescentou que as tarifas ainda podem causar alguma volatilidade na inflação e que as mudanças climáticas tornam os preços dos alimentos mais difíceis de prever.
(Reportagem de Jacob Gronholt-Pedersen)
