Por Winni Zhou e Brenda Goh
(Reuters) - A China cortou sua taxa de empréstimo básica e reduziu a referência para hipotecas nesta segunda-feira, depois de já ter adotado medidas de flexibilização na semana passada, uma vez que Pequim amplia os esforços para reavivar a economia.
O Banco do Povo da China enfrenta um equilíbrio complicado em seus esforços para reavivar o crescimento. Oferecer muito estímulo poderia aumentar as pressões inflacionárias e a fuga de capital de risco, já que o Federal Reserve e outras economias aumentam as taxas de juros agressivamente.
No entanto, a demanda fraca por crédito está forçando a mão do banco central conforme a autoridade monetária tenta manter a economia da China em um patamar de equilíbrio.
A taxa de empréstimo primária de um ano (LPR) foi reduzida em 5 pontos base, para 3,65%, na fixação mensal do banco central nesta segunda-feira, enquanto a LPR de cinco anos foi cortada em 15 pontos, para 4,30%.
A LPR de um ano foi reduzido pela última vez em janeiro. A taxa de cinco anos, que foi cortada pela última vez em maio, influencia os preços das hipotecas residenciais.
"Tudo dito, a impressão que temos de todos os anúncios recentes do banco central é de que a política monetária está sendo afrouxada, mas não dramaticamente", disse Sheana Yue, economista para China na Capital Economics.
"Prevemos mais dois cortes de 10 pontos básicos nas taxas de juros do banco central durante o restante deste ano e continuamos a prever um corte na taxa de compulsório no próximo trimestre".
Os cortes na LPR vêm depois que o banco central surpreendeu os mercados na semana passada ao baixar a taxa do instrumento de empréstimos de médio prazo (MLF) e outra ferramenta de liquidez de curto prazo, já que uma série de dados recentes mostrou que a economia estava perdendo impulso em meio à desaceleração do crescimento global e ao aumento dos custos de empréstimos em muitos países desenvolvidos.
Em pesquisa da Reuters realizada na semana passada, 25 dos 30 entrevistados previam uma redução de 10 pontos-base para a LPR de um ano. Todos os participantes da pesquisa também projetaram um corte para a taxa de cinco anos, incluindo 90% deles prevendo uma redução maior que 10 pontos.
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