Com giro fraco, Ibovespa inicia semana em baixa de 0,21%, a 135,6 mil pontos

Publicado 11.08.2025, 14:53
Atualizado 11.08.2025, 18:10
© Reuters Com giro fraco, Ibovespa inicia semana em baixa de 0,21%, a 135,6 mil pontos

Como na sexta-feira, o Ibovespa voltou a testar a linha dos 136 mil pontos durante a sessão desta segunda-feira, 11, sem conseguir sustentá-la no fechamento - a marca não era vista em encerramento desde 11 de julho, até a última quinta-feira, quando foi aos 136,5 mil pontos naquele fechamento. Ao fim, marcava nesta segunda leve perda de 0,21%, aos 135.623,15 pontos, com giro também enfraquecido, a R$ 17,7 bilhões. No mês, o índice da B3 (BVMF:B3SA3) sobe 1,92%, colocando o ganho do ano a 12,75%. Nesta segunda-feira, oscilou de 135.495.75 a 136.307,33 pontos, saindo de abertura a 135.913,25.

"Ibovespa teve leve queda mesmo com a retração na ponta longa da curva do DI. Focus foi até favorável, especialmente com relação ao recorte da inflação para 2026. Mas ainda há tensão entre Estados Unidos e Brasil, especialmente com o cancelamento da reunião entre o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, e o ministro Fernando Haddad, da Fazenda, que aconteceria nesta semana. Político ainda traz volatilidade com relação às tarifas", diz Pedro Moreira, sócio da One Investimentos.

Dessa forma, o desempenho positivo de Petrobras (BVMF:PETR4) (ON +0,46%, PN +0,62%) em dia de avanço moderado para o petróleo não foi o suficiente para assegurar ganho ao Ibovespa. Entre os grandes bancos, o sinal foi misto no fechamento, com variações entre -0,48% (Santander (BVMF:SANB11) Unit) e +0,90% (Banco do Brasil (BVMF:BBAS3) ON). Na ponta vencedora do índice, Natura (BVMF:NATU3) (+5,86%), Eletrobras (BVMF:ELET3) (ON +1,92%, PNB +1,95%) e TIM (BVMF:TIMS3) (+1,16%). No lado oposto, Braskem (BVMF:BRKM5) (-7,76%), Azzas (BVMF:AZZA3) (-5,79%) e Vamos (-4,35%). Vale ON (BVMF:VALE3) virou do meio para o fim da tarde, e caiu 0,11%, mesmo com a alta do minério na China.

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta em Londres e Nova York, com investidores monitorando a política tarifária de Donald Trump, bem como as tensões geopolíticas. À tarde, os EUA estenderam o prazo da trégua comercial com a China por 90 dias, e Trump deve se reunir com o presidente russo, Vladimir Putin, na sexta-feira, para discutir a guerra da Ucrânia.

Os dados de posicionamento mais recentes mostram que os especuladores reduziram apostas de que os preços do Brent subirão, apesar dos riscos de fornecimento decorrentes das ameaças de sanções dos EUA a quem comprar petróleo russo, aponta o ING, reporta a jornalista Thais Porsch, do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

O dia foi de leve alta do dólar frente ao real, a R$ 5,44, com o índice DXY, que contrapõe a moeda americana a referências como euro, iene e libra, também mostrando avanço nesta abertura de semana. Mesmo com incertezas, como as relacionadas ao efeito das tarifas americanas para o desempenho da economia brasileira daqui ao fim do ano, a Selic a 15% ao ano contribui para a manutenção de fluxo de capital externo ao Brasil, observa João Soares, sócio-fundador da Rio Negro Investimentos.

"A gente tem percebido o dólar se enfraquecendo pelo mundo, com países buscando alternativas para a constituição de reservas, o que resulta também, como reflexo disso, em cotação elevadíssima do ouro, muito próximo das máximas históricas", diz Soares, mencionando também a demanda por ativos como criptomoedas.

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reforçou nesta segunda que a atuação da autoridade monetária se dá sempre sobre uma "segunda derivada" dos acontecimentos que influenciam a economia global, como, por exemplo, a nova política tarifária dos Estados Unidos. "Nossa bola é a inflação. Como é que a inflação está sendo afetada? Seja pelo tarifaço, seja pela política fiscal, seja a inflação corrente, ou as projeções e as expectativas de inflação. É isso que a gente está analisando. É sempre uma segunda derivada", explicou.

"A semana tende a ter mais dados, mais movimentos, mais novidades do que tivemos na passada", diz Alison Correia, analista cofundador da Dom Investimentos. Na agenda desta segunda-feira, ele destaca o Boletim Focus em que o mercado revisou a inflação para baixo pela 11ª semana consecutiva, com a estimativa para o IPCA no ano passando de 5,07% para 5,05%. "Amanhã, temos dados do IPCA que podem ser puxados pela pressão da emergia elétrica, mais cara, além do aumento das passagens aéreas", acrescenta.

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