Investing.com - O petróleo West Texas Intermediate ampliava as perdas nas negociações desta quarta-feira na América do Norte após dados mostrarem um aumento inesperado nos estoques norte-americanos.
Contratos de petróleo bruto com vencimento em julho na Bolsa Mercantil de Nova York caíam US$ 0,67, ou cerca de 0,9%, e o barril era negociado a US$ 71,53 às 11h31, o que se compara a US$ 72,02 antes do relatório.
A Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês) afirmou em seu relatório semanal que os estoques de petróleo bruto tiveram aumento de 5,778 milhões de barris na semana que se encerrou em 18 de maio. Analistas de mercado esperavam que os estoques de petróleo bruto tivessem redução de 1,567 milhão de barris, ao passo que o Instituto Americano de Petróleo informou na terça-feira uma redução de 1,3 milhão.
O estoque em Cushing, Oklahoma, o principal ponto de entrega para o petróleo bruto da Nymex, teve redução de 1,123 milhão de barris na última semana, informou a EIA. O total dos estoques de petróleo bruto nos EUA ficou em 438,1 milhões de barris na semana passada, o que a EIA considera estar na "metade inferior da faixa média para esta altura do ano".
O relatório também mostrou que os estoques de gasolina tiveram redução de 1,883 milhão de barris, o que se compara a expectativas de 1,388 milhão de barris de redução, ao passo que estoques de destilados diminuíram em 0,951 milhão de barris, o que se compara a projeções de 1,335 milhão de redução.
Do outro lado do Atlântico, contratos de petróleo Brent com vencimento em julho na Bolsa de Futuros ICE (ICE Futures Exchange) em Londres tinham queda de US$ 1,13, ou cerca de 1,4%, e eram negociados por US$ 78,44 o barril às 11h36, o que se compara a US$ 79,10 antes da divulgação do relatório.
Dessa forma, o ágio do Brent em relação ao WTI ficou em US$ 7,00 o barril às 11h37, o que se compara à diferença de US$ 6,93 no fechamento do pregão de terça-feira.
O petróleo já estava sob pressão na quarta-feira após informações de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) pode decidir elevar a produção de petróleo a partir de junho.
Preocupações com a oferta do Irã e da Venezuela, juntamente com o fato de que Washington apresentou receios de que o rali do petróleo estaria indo longe demais, podem levar a um acordo para aumentar a produção, segundo fontes da indústria petrolífera e da Opep citadas pela Reuters.
Os países da Opep do Golfo estão liderando as negociações iniciais sobre quando o grupo exportador pode aumentar a produção de petróleo e quantos barris cada membro pode acrescentar, disseram as fontes.
A OPEP e outros produtores, incluindo a Rússia, concordaram em reduzir a produção em cerca de 1,8 milhão de barris por dia até o final de 2018 em uma aposta para reduzir os estoques globais de petróleo, mas os estoques agora estão próximos à meta da Opep.
Ainda na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), contratos futuros de gasolina com vencimento em junho recuavam US$ 0,033 para US$ 2,2285 o galão às 11h38, ao passo que contratos futuros de óleo de aquecimento com vencimento em maio tinham perdas de US$ 0,023 e eram negociados por US$ 2,2571 o galão.