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Copom eleva Selic pela 1ª vez desde 2015; taxa vai a 2,75% em decisão unânime

Publicado 17.03.2021, 16:33
Atualizado 17.03.2021, 18:48
© Reuters.

Por Leandro Manzoni e Ana Carolina Siedschlag

Investing.com - O Comitê de Política Monetária, o Copom, elevou nesta quarta-feira (17) a taxa básica de juros, a Selic, em 0,75 ponto percentual para 2,75% ao ano. A decisão foi unânime e fica acima da mediana da expectativa do mercado, que tinha apostas entre 0,25% e 0,75%.

LEIA MAIS: Por Que a Alta da Selic Pode Alterar a Dinâmica do Ibovespa

A decisão contempla avaliação de um risco maior de inflação prospectiva no balanço de risco do colegiado, o que leva uma normalização parcial da política monetária, ou seja, diminuindo o grau de estímulo, deixando de ser "extraordinário", conforme diz o comunicado do colegiado. A estratégia de alta tem como objetivo a redução da probabilidade de não cumprimento da meta de inflação neste ano, além de manter a ancoragem das expectativas para horizontes mais longos.

Com isso, o Copom já contratou um aumento de mesmo tamanho para a próxima reunião, a não ser que haja uma mudança significativa de cenário, especialmente nas projeções de inflação e no balanço de risco, como também da atividade econômica.

O Copom também aborda a atividade econômica em meio ao recrudescimento da pandemia da Covid-19 e novo ambiente externo com manutenção de estímulos monetários e a adição de pacote fiscal nos EUA, além da imunização da população de países desenvolvidos contra o coronavírus.

No caso da atividade econômica interna, o agravamento da pandemia pode atrasar a recuperação da economia, o que até poderia levar uma inflação abaixo do esperado, embora o Copom ressalte que os números do quarto trimestre do PIB apresente uma recuperção consistente. Mas, a implementação de medidas mais restritivas visando o combate à disseminação do coronavírus pode prejudicar a trajetória fiscal e, assim, elevar o prêmio de risco. Nesse caso, a pressão é altista para o risco de inflação.

Embora seja assunto presente no noticiário econômico, a alta no preço das commodities em moeda local, com impacto no preço dos combustíveis, é vista como temporária, embora mais persistente que o esperado inicialmente.

No cenário internacional, os estímulos monetários e fiscais junto com a imunização da população de países desenvolvidos devem promover uma recuperação mais consistente da atividade ao longo de 2021. O Copom se mantém alerta quanto à reprecificação no preço dos ativos financeiros no contexto global devido a questionamentos do mercado quanto à reflação nas economias desenvolvidas.

"Copom resolve ficar a 'frente da curva'", diz André Perfeito, economista-chefe da Necton Investimentos, que prevê mais três altas de 75 pontos-base para a Selic encerrar o ano em 5%. 

A próxima reunião de política monetária ocorre em 45 dias, entre 4 e 5 de maio.

Veja abaixo a íntegra do comunicado do Copom após a reunião de hoje:

Em sua 237ª reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic para 2,75% a.a.

A atualização do cenário básico do Copom pode ser descrita com as seguintes observações:

No cenário externo, novos estímulos fiscais em alguns países desenvolvidos, unidos ao avanço da implementação dos programas de imunização contra a Covid-19, devem promover uma recuperação mais robusta da atividade ao longo do ano. A presença de ociosidade, assim como a comunicação dos principais bancos centrais, sugere que os estímulos monetários terão longa duração. Contudo, questionamentos dos mercados a respeito de riscos inflacionários nessas economias têm produzido uma reprecificação nos ativos financeiros, o que pode tornar o ambiente desafiador para economias emergentes;

Em relação à atividade econômica brasileira, indicadores recentes, em particular a divulgação do PIB do quarto trimestre, continuaram indicando recuperação consistente da economia, a despeito da redução dos programas de recomposição de renda. Essas leituras, entretanto, ainda não contemplam os possíveis efeitos do recente aumento no número de casos de Covid-19. Prospectivamente, a incerteza sobre o ritmo de crescimento da economia permanece acima da usual, sobretudo para o primeiro e segundo trimestres deste ano;

A continuidade da recente elevação no preço de commodities internacionais em moeda local tem afetado a inflação corrente e causou elevação adicional das projeções para os próximos meses, especialmente através de seus efeitos sobre os preços dos combustíveis. Apesar da pressão inflacionária de curto prazo se revelar mais forte e persistente que o esperado, o Comitê mantém o diagnóstico de que os choques atuais são temporários, mas segue atento à sua evolução;

As diversas medidas de inflação subjacente apresentam-se em níveis acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta para a inflação;

As expectativas de inflação para 2021, 2022 e 2023 apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 4,6%, 3,5% e 3,25%, respectivamente; e

No cenário básico, com trajetória para a taxa de juros extraída da pesquisa Focus e taxa de câmbio partindo de R$5,70/US$*, e evoluindo segundo a paridade do poder de compra (PPC), as projeções de inflação do Copom situam-se em torno de 5,0% para 2021 e 3,5% para 2022. Esse cenário supõe trajetória de juros que se eleva para 4,50% a.a. neste ano e para 5,50% a.a. em 2022. Nesse cenário, as projeções para a inflação de preços administrados são de 9,5% para 2021 e 4,4% para 2022.

O Comitê ressalta que, em seu cenário básico para a inflação, permanecem fatores de risco em ambas as direções.

Por um lado, o agravamento da pandemia pode atrasar o processo de recuperação econômica, produzindo trajetória de inflação abaixo do esperado.

Por outro lado, um prolongamento das políticas fiscais de resposta à pandemia que piore a trajetória fiscal do país, ou frustrações em relação à continuidade das reformas, podem elevar os prêmios de risco. O risco fiscal elevado segue criando uma assimetria altista no balanço de riscos, ou seja, com trajetórias para a inflação acima do projetado no horizonte relevante para a política monetária.

O Copom avalia que perseverar no processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira é essencial para permitir a recuperação sustentável da economia. O Comitê ressalta, ainda, que questionamentos sobre a continuidade das reformas e alterações de caráter permanente no processo de ajuste das contas públicas podem elevar a taxa de juros estrutural da economia.

Considerando o cenário básico, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual, para 2,75% a.a. O Comitê entende que essa decisão reflete seu cenário básico e um balanço de riscos de variância maior do que a usual para a inflação prospectiva e é compatível com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante, que inclui o ano-calendário de 2021 e, principalmente, o de 2022.

Os membros do Copom consideram que o cenário atual já não prescreve um grau de estímulo extraordinário. O PIB encerrou 2020 com crescimento forte na margem, recuperando a maior parte da queda observada no primeiro semestre, e as expectativas de inflação passaram a se situar acima da meta no horizonte relevante de política monetária. Adicionalmente, houve elevação das projeções de inflação para níveis próximos ao limite superior da meta em 2021.

Por conseguinte, o Copom decidiu iniciar um processo de normalização parcial, reduzindo o grau extraordinário do estímulo monetário. Por todos os fatores enumerados anteriormente, o Comitê julgou adequado um ajuste de 0,75 ponto percentual na taxa Selic. Na avaliação do Comitê, uma estratégia de ajuste mais célere do grau de estímulo tem como benefício reduzir a probabilidade de não cumprimento da meta para a inflação deste ano, assim como manter a ancoragem das expectativas para horizontes mais longos. Além disso, o amplo conjunto de informações disponíveis para o Copom sugere que essa estratégia é compatível com o cumprimento da meta em 2022, mesmo em um cenário de aumento temporário do isolamento social.

Para a próxima reunião, a menos de uma mudança significativa nas projeções de inflação ou no balanço de riscos, o Comitê antevê a continuação do processo de normalização parcial do estímulo monetário com outro ajuste da mesma magnitude. O Copom ressalta que essa visão para a próxima reunião continuará dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos, e das projeções e expectativas de inflação.

Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Roberto Oliveira Campos Neto (presidente), Bruno Serra Fernandes, Carolina de Assis Barros, Fabio Kanczuk, Fernanda Feitosa Nechio, João Manoel Pinho de Mello, Maurício Costa de Moura, Otávio Ribeiro Damaso e Paulo Sérgio Neves de Souza.

*Valor obtido pelo procedimento usual de arredondar a cotação média da taxa de câmbio R$/US$ observada nos cinco dias úteis encerrados no último dia da semana anterior à da reunião do Copom.

Últimos comentários

Considerando o PIB e o quadro fiscal delicado do Brasil, a Selic deveria ser, no mínimo, 6,5% aa!!!
O desgovernoverno que colocou o bode na sala e trouxe a inflação de volta, agora, retira as fezes do bode e recebe aplausos das Bozoletes iludidas. O bode ainda está na sala....
Vá estudar
 Vai lavar prato
 boa
É chato ficar procurando os comentário de quem quer falar sobre investimento e ter ler um monte de b0st7 esquerdista. O ideal de vida para essa gente é uma teta no governo.
veja pelo lado positivo, ele vem perder dinheiro aqui. Alguém precisa perder para outros ganharem no ibov.
 Esse pessoal só tem poupança, se tiver uma teta em alguma prefeitura ou partido que vive de dinheiro sujo, se não, nem isso.
que matéria esquerdista, nossa 1 vez sobe desde 2015, era 14,75% ...quando voltar acesse num avisa. tinha c que subir, e controlar alguns números, hoje esse imprensa derruba a bolsa, para causar pânico
* quando voltar a esse número 14,75%
Mais que o aumento acho importante a mudança de expectativa entre renda fixa e variável. Após a próxima correção do Ibovespa vamos ver quantos CPF vão continuar na bov
Igpm 29,3% Selic 2,75% ?????
O Banco Central só não subiu mais que 0,75 pois pegaria muito mal para uma Instituição Independente!
Qual setor que sebenificia mais com a auta da selic
o povo
Bancos, seguradoras, ....
Os bancos pagam o aumento de imediato para seus investidores com CDB, LCI e outros investimento atrelados à SELIC. Quem respondeu bancos não sabe o que diz.
Plano econômico Paulo jegues está ruindo.
A culpa é do Bozzo, burro que segue conselho daquele bêbado do Gudes
Saiu do controle do guedes mudou o rumo hein...
Espero que consiga sem capotar em cima da dívida publica, infacao e desemprego
O juro na renda fixa ainda muito baixo, a renda variável vai continuar por um bom tempo sendo melhor opção de investimento/retorno.
BORA!!! PRIO3, VVAR3, e o bilhetinho OIBR3...
amanhã vai estourar
A decisão do BC foi correta. Acho que precisava de uma ação mais incisiva contra a inflação, cuja situação é preocupante, principalmente depois da aceleração das projeções da Focus. O sinal do BC hoje vai ajudar a taxa de câmbio amanhã e talvez nas próximas semanas. Acho que a comunicação foi clara, muito tranquila, serena. O mercado vai reagir bem. O dia será de câmbio apreciando e curva de juros desinclinando, com a parte longa devendo cair, e até a bolsa deve se beneficiar.
O preço das coisas estao absurdas, sou da area da construcao, exemplo de um item - modelo de cabo que em janeiro deste ano estava 90,00 e hoje 230,00 (só um exemplo) o negocio ta feio, se voce incentiva o consumo e facilita o emprestimo mas economia que girar crescimento sustentavel, nao tera coml pagar a conta. Os grandes mais grandes, o pequenos falindo ou se tornando servo dos grandes dos setores. Dai as reformas sao tao esperadas
Também sou da área da construção civil. Realmente o mercado está bastante aquecido para as grandes empresas do setor. O material de construção subiu muito. Principalmente ferragens, elétrica, encanamento. Material que subiu em média 150%. O crédito está mais acessível mas em troca subiu muito o custo da construção.
construção civil está impossível! tudo subiu!
construção civil está impossível! tudo subiu!
Juros real quase 0, ou seja, continua a bolsa(renda variável) melhor opção de todas. Selic vai ralar mto pra subir, e fzr transação de pessoas pra Renda Fixa
Muitas cpfs novos pegaram a bolsa saindo dos 65k e subindo. So comendo o filet. Deixa vir uma pancada para ver se nao correm pra renda fixa. Muitos ja foram..
bovespa que se dane.
$$$$$
Problema grave pra bolsa,cdb já vai começar pagar 13% a 14% ano,depois de tantos anos pessoal relutou pra ir pro mercado de ações,e deve retornar pra renda fixa que é segura.
Essa foi boa cdb 13 ao ano so se for banco piramide kkk
Banco Máxima com os 2 pés na falência KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Banco máxima com mínima de confiança! 🤣🙉
Selic alta é bom ou ruim para ibovespa!
ao meu ver 2,75aa não muda nada para o ibov...já para a economia, inflação, dolar etc... muda e muito
pra pior ou seja dólar vai baixar?
no curto prazo deve cair sim...
ganhar renda fixa.... saindo da bolsa
Vai tarde, sardinha!
culpa do paulo fezes que tentou abaixar de modo artificial os juros sendo que o brasil jamais poderia ter apenas 2%
achei que iria subir pra 2.50% caraca o aumento foi forte
BC perdeu o controle do dólar e inflação,  Certeza de que vai subir +0.75 pts na próxima reunião.
Este Marco Antonio parece que tem fezes na cabeça. Se tiver uma diarreia tem de apertar bem a gravata senão a cabeça murcha.
Só ministro da economia aqui
mexeu com o bozo e paulo fezes vc fica magoadinho? 😂😂😂😂😂😂😂
...
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