A entrada da Caixa Econômica Federal no financiamento da Nova Indústria Brasil (NIB), com R$ 63 bilhões, é projetada até 2026, informou nesta quarta-feira, 30, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. Segundo ele, os recursos serão voltados a projetos de exportação e "verdes". Com a entrada da Caixa, subiu para R$ 405,7 bilhões o total de recursos disponíveis para linhas de crédito do Plano Mais Produção, que integra a NIB, política industrial do governo Lula 3.
O programa já contava com crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Finep, Banco do Nordeste (BNB), Banco da Amazônia (BVMF:BAZA3) (Basa) e Embrapii. O Broadcast mostrou em agosto que mais bancos públicos, como a Caixa, se preparavam para aportar recursos na nova política industrial.
"Caixa está lançando R$ 63 bilhões voltados a exportação e a projetos verde. Para todos os projetos de busca de crédito para exportação, a Caixa vai estar aberta, e é importante destacar que exportação tem o FGE. E para indústria verde, projetos todos ligados à descarbonização, a Caixa receberá os pedidos", afirmou Alckmin. Integrantes do ministério explicaram ainda que o novo crédito não é subsidiado, sendo estruturado com o funding do próprio banco.
O ministro também foi questionado em coletiva de imprensa sobre o lançamento das primeiras emissões da Letra de Crédito do Desenvolvimento (LCD), recentemente aprovada pelo Congresso, e cuja disponibilização será liderada pelo BNDES, além de outros bancos de desenvolvimento menores. Alckmin respondeu que a expectativa "é muito boa", e disse achar que a questão estará resolvida em até duas semanas, sem detalhar, contudo, se referia-se à primeira emissão especificamente.