LONDRES (Reuters) - A atividade industrial da zona do euro acelerou no mês passado com o alívio nos gargalos da cadeia de oferta, embora a melhora não tenha sido uniforme entre os países, e as fábricas ainda enfrentaram pressões inflacionárias, mostrou nesta terça-feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).
O PMI final de indústria da IHS Markit para a zona do euro subiu para a máxima de cinco meses de 58,7 em janeiro ante 58,0 em dezembro, abaixo da preliminar de 59,0 mas confortavelmente acima da marca de 50 que separa crescimento de contração.
O subíndice de produção saltou a 55,4 de 53,8.
"As indústrias da zona do euro parecem estar passando pela tempestade da Ômicron melhor do que ondas anteriores da Covid-19 até agora, com as empresas informando a melhor alta da produção e encomendas em quatro meses em janeiro", disse Chris Williamson, economista-chefe da IHS Markit.
"A melhora não foi uniforme na zona do euro, entretanto, com crescimento na Alemanha, Holanda e Áustria contrastando com desacelerações na Itália, Espanha e Grécia e produção quase estagnada na França."
Os preços das matérias-primas continuaram a aumentar, embora a um ritmo mais lento do que em dezembro, e as fábricas repassaram mais dessas altas para os consumidores. O subíndice de preços de produção aumentou a 72,7 de 70,2 --segunda leitura mais alta em quase duas décadas.
(Reportagem de Jonathan Cable)