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Economistas esperam aceleração da inflação, mais próxima do limite da meta

Publicado 08.08.2024, 13:56

Investing.com – O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga nesta sexta-feira, 09, dados da inflação oficial no país, com expectativa de aceleração. As estimativas de consenso são de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passe de 0,21% em junho para 0,35% em julho, o que levaria o indicador anual a sair de 4,23% para 4,47%. Economistas esperam pressão em preços de gasolina e energia elétrica, enquanto a alimentação no domicílio tende a dar um fôlego nesta leitura.

Luiz Bianconi, economista da SulAmérica Investimentos, projeta 0,33%, com dado pressionado pelos preços administrados, principalmente gasolina, refletindo o reajuste que foi promovido pela Petrobras (BVMF:PETR4), e na parte da energia elétrica, em função do acionamento da bandeira tarifária amarela. Em preços livres, Bianconi enxerga variação mais tímida, com expectativa de deflação na alimentação no domicílio.

Leonardo Costa, economista do ASA, acredita que a leitura de julho deve acelerar para 0,37%, diante dos preços mais altos dos combustíveis nas distribuidoras. “Para agosto, a projeção é de 0,03%, com média de núcleos ao redor de 0,35%”, adianta.

Igor Cadilhac, economista do Picpay, estima IPCA de 0,33% em julho, com principais contribuições do grupo de transportes, diante de alta esperada de passagens aéreas e combustíveis, como gasolina e etanol.

“Além disso, espera-se um impacto significativo no grupo de habitação influenciado pela mudança tarifária verde para amarela da energia elétrica residencial. Na sequência, devem ficar os grupos de saúde e cuidados pessoais e despesas pessoais. Ou seja, a pressão principal virá dos serviços e administrados”. O grupo de alimentação e bebidas, que tem o maior peso, no entanto, deve apresentar deflação, concorda Cadilhac, diante de melhora na alimentação no domicílio no começo do inverno.

Vladimir Teles, economista-chefe O3 Capital espera aceleração da inflação a 0,37%, com impacto mais forte na inflação de serviços subjacentes. A inflação deve apresentar dinâmica ruim, tanto no número cheio como na composição, em sua opinião.

“Para além dos choques transitórios em preços específicos, vemos uma aceleração de inflação de serviços intensivos em mão de obra, refletindo o mercado de trabalho muito apertado”, destaca Teles, ao lembrar que um mercado de trabalho robusto foi mencionado na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central como um fator de arrefecimento da convergência da inflação à meta.

Dólar e expectativas inflacionárias seguem como desafios

Com o resultado previsto no consenso, a inflação em doze meses alcançaria patamar bem próximo do limite da meta (com centro em 3% e banda de 1,5 ponto percentual, ou 4,5%). O especialista da SulAmérica afirma que o câmbio é um fator que precisa ser monitorado como risco, mas considera que os impactos do dólar devem ser percebidos mais no médio prazo, principalmente no ano que vem, afetando as projeções.

“Este é um vetor altista para inflação principalmente dos bens industriais, dos bens comercializáveis, que são mais sensíveis a essas variações no câmbio. A alta do dólar traz riscos altistas para as projeções. Para esse para esses dados de curtíssimo prazo, tem alguma defasagem temporal”.

Os economistas divergem se o qualitativo pode ser positivo ou negativo, mas a composição da inflação será monitorada de perto. Ela pode se juntar a outros fatores (como câmbio e expectativas) demandando uma postura hawkish da autoridade monetária brasileira, e, no entendimento do economista da O3 Capital, é o que deve acontecer.

Enquanto isso, Cadillac reforça que os principais desafios atuais são a desvalorização cambial e a deterioração das expectativas inflacionárias, em um cenário de incerteza fiscal. Ainda que o economista considere que, qualitativamente, o resultado deve seguir razoável, a visão é de que o “melhor momento desinflacionário parece ter ficado para trás”.

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