Investing.com - A economia dos EUA criou 339 mil empregos não-agrícolas em maio, segundo informou o relatório de empregos não-agrícolas - Payroll - do Departamento de Trabalho na manhã desta sexta-feira, 02, bem acima do esperado. A previsão dos economistas era uma adição de 180 mil empregos no período. O resultado ficou acima dos números prévios revisados de 294 mil novos empregos.
A taxa de desemprego ficou em 3,7% da força de trabalho, acima dos 3,5% esperados e dos 3,4% do mês anterior.
Já a taxa de participação de trabalhadores na PEA ficou em 62,6%, igual do mês anterior, mas levemente acima da projeção de 62,5%.
O salário médio por hora no mês passado variou 4,3% na base anual, conforme previsto, abaixo dos 4,4% prévios.
Após a divulgação dos dados, às 9h34 (de Brasília), os contratos futuros da Nasdaq 100 Futuros subiam 0,45%, S&P 500 Futuros 0,57% e o Dow Jones Futuros estava alta de 0,60%.
O dólar no Brasil apresentava queda de 0,57%, a R$4,9855. Já o Ibovespa Futuros ganhava 1,03%.
Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, afirma que o relatório trouxe informações antagônicas em relação às perspectivas para os juros americanos. “Enquanto os agentes que projetam alta no juro focarão no forte resultado da criação de vagas, 339k ante expectativa de 180k, com revisão do resultado do mês anterior para cima, os agentes que projetam estabilidade da Fed Funds Rate apontarão a desaceleração maior do que o esperado nos rendimentos e no sobreavanço da taxa de desemprego”, compara.
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Ainda que a taxa de desemprego tenha aumentado, o indicador continua em patamares historicamente baixos, lembra economista-chefe da Suno Research, Gustavo Sung. “E o salário médio por hora trabalhada cresceu na margem em um ritmo ligeiramente menor”, completa.
Para Sung, os dados revelam que o mercado de trabalho americano segue resiliente e continua um dos principais desafios do Fed, pois essa força sustenta a demanda, notadamente nos serviços, afetando o processo de redução da inflação.