Investing.com - A economia dos EUA criou 216 mil empregos não-agrícolas em dezembro, segundo informou o relatório payroll do Departamento de Trabalho na manhã desta sexta-feira, 05 de janeiro, muito acima do esperado. A previsão dos economistas era uma adição de 170 mil vagas no período. O resultado é ainda superior aos números prévios, que foram revisados de 199 mil para 173 mil novos empregos.
A taxa de desemprego foi mantida em 3,7% da força de trabalho, abaixo da projeção, que era de 3,8%.
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Já a taxa de participação de trabalhadores na PEA caiu de 62,8%, que era o projetado, para 62,5%.
O salário médio por hora no mês passado variou 4,1% na base anual, acima da projeção de 3,9% e do dado anterior de 4%.
Após a divulgação dos dados, às 10h35 (de Brasília), os futuros da Nasdaq 100 Futuros registravam baixa de 0,52%, S&P 500 Futuros caíam 0,49%, e Dow Jones Futuros estava em retração de 0,47%.
Já o Ibovespa Futuros recuava 0,09% e o dólar no Brasil subia 0,43%, a R$4,9118.
Cleide Rodrigues, analista chefe da Money Wise Research, acredita que os dados surpreenderam negativamente, pois traz uma preocupação a respeito dos impactos da robustez do mercado de trabalho na, “diminuindo as chances de um corte de juros em março”, afirma.
O economista-chefe da Nomad, Danilo Igliori, concorda que os dados indicam que o mercado de trabalho segue forte, gerando dúvidas sobre os ajustes na política monetária dos Estados Unidos. “A aceleração nas contratações e manutenção na taxa de desemprego em dezembro, não apenas surpreenderam analistas, mas vão na mesma direção dos sinais capturados na ata do FOMC. A mensagem é que diminui a probabilidade de um corte de juros já no primeiro trimestre”, destaca.
Esta também é a visão de Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa. “Claro que a perspectiva de que o Fed iria cortar o juro em março vai perdendo probabilidade mediante a força, ainda que modesta, demonstrada”.