(Reuters) - O início dos cortes de juros pelo já em setembro é agora bem menos provável, apostavam operadores nesta sexta-feira, depois que um relatório do governo dos Estados Unidos mostrou que os empregadores criaram muito mais vagas de trabalho e pagaram salários mais altos no mês passado do que o esperado.
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A economia norte-americana abriu 272.000 postos de trabalho em maio, em comparação com expectativa de 185.000, e os ganhos médios por hora aumentaram 4,1% em relação ao ano anterior, superando a projeção de 3,9% de economistas.
Os dados salariais de março também foram revisados para cima, mostrando que os ganhos por hora subiram 4%, em vez de 3,9% como informado anteriormente.
Após o relatório, os contratos futuros de juros agora indicam uma chance de 53% de um corte nos juros, atualmente na faixa de 5,25% a 5,5%, até setembro, em comparação com cerca de 70% antes do relatório.
Os membros do banco central dos EUA disseram que planejam esperar até que estejam mais confiantes de que a inflação está diminuindo em direção à sua meta de 2%. Os dados salariais desta sexta-feira sugerem que as pressões estão empurrando os preços para o outro lado.
Embora a taxa de desemprego tenha subido inesperadamente de 3,9% para 4%, o aumento na criação de vagas desafiou as expectativas de que o mercado de trabalho esteja esfriando de uma forma que poderia ajudar na luta do Fed contra a inflação.
Os contratos futuros mostram que os investidores estão agora menos confiantes de que o Fed fará mais do que um único corte até o final do ano, com os investidores precificando 50% de chance de dois cortes nos juros até o final de 2024, em comparação com 68% antes do relatório.
(Reportagem de Ann Saphir)