Investing.com - A economia dos EUA criou 272 mil empregos não-agrícolas em maio, segundo informou o relatório payroll do Departamento de Trabalho na manhã desta sexta-feira, 07 de junho, muito acima dos 182 mil esperados e dos 165 mil anteriores, revisados de 175 mil.
A taxa de desemprego subiu de 3,9%, que era o previsto, para 4%. Já a taxa de participação de trabalhadores na PEA caiu de 62,7% para 62,5%.
Conforme nota oficial do Bureau of Labor Statistics, o emprego segue em expansão em setores como saúde; governo; lazer e hospitalidade; e serviços profissionais, científicos e técnicos.
“A mudança no emprego total nas folhas de pagamento não-agrícolas para março foi revisada para baixo em 5 mil, de 315 mil para 310 mil, e a mudança para abril foi revisada para baixo em 10.000, de 175 mil para 165 mil. Com essas revisões, o emprego em março e abril combinados é 15.000 menor do que relatado anteriormente”, destacou o comunicado.
A percepção é de que a economia dos Estados Unidos segue resiliente, destaca Jefferson Laatus, estrategista-chefe da Laatus. “Emprego é a base de tudo. Se a população está empregada, tem renda. E se tem renda, tem consumo e inflação, consequentemente”, aponta.
A leitura muito superior ao previsto foi uma surpresa extremamente negativa do ponto de vista da política monetária dos EUA, segundo Felipe Vasconcellos, sócio da Equus Capital. “O dado de hoje é uma ameaça para o início da queda de juros no mês de setembro", reforça.
Thomas Monteiro, estrategista-chefe do Investing.com, acredita que os números surpreenderam quem esperava continuidade da tendência descendente. Mesmo assim, os dados não implicam em uma nova trajetória ascendente nas contratações em termos estruturais, pondera Monteiro. “Os números ainda caíram muito perto da média de 12 meses e, além disso, vários catalisadores cíclicos podem ter ajudado a elevar os números, especialmente depois da anterior surpresa descendente”, completa.
Após a divulgação dos dados, às 9h35 (de Brasília), os futuros da Nasdaq 100 Futuros recuavam 0,21%, enquanto S&P 500 Futuros perdia 0,30%, e Dow Jones Futuros estava em baixa de 0,33%. Já o Ibovespa Futuros recuava 1,06% e o dólar no Brasil subia 0,53%, a R$5,2842.
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