Esta small cap decolou +30% no mês e a disparada pode estar apenas começando
(Reuters) - Com o mercado de trabalho estável, a inflação um pouco acima da meta e as perspectivas incertas, o Federal Reserve está atento a uma ampla gama de dados para avaliar qual resposta pode ser necessária e quando, disse a presidente do Fed de Dallas, Lorie Logan, nesta segunda-feira.
"A política monetária está realmente bem posicionada para que possamos esperar, ser pacientes e observar os dados, sabendo que, se os riscos mudarem materialmente em qualquer um dos lados, estaremos bem posicionados para agir", disse Logan em uma conferência bancária.
"Nosso trabalho é garantir que um aumento pontual no nível de preços não se torne um problema persistente de inflação."
As falas de Logan ecoam as de muitos membros do Fed, que esperam que as tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aumentem tanto o desemprego quanto a inflação, o que pode colocar o banco central norte-americano na difícil posição de ter que escolher qual batalha priorizar.
As autoridades do Fed se reunirão em cerca de duas semanas e a expectativa é de que deixem os custos de empréstimos na faixa atual de 4,25% a 4,50%, onde estão desde dezembro.
Os mercados não estão esperando um corte na taxa de juros até setembro, com base na precificação dos contratos de taxas de juros futuras.
Para Logan, os dados de inflação estão "em primeiro lugar" em sua mira. A meta do Fed para a inflação é uma variação anual de 2% no índice PCE; os dados divulgados na semana passada mostraram que o índice teve alta de 2,1%.
A maioria dos analistas, entretanto, acha que o impacto das tarifas agressivas de Trump ainda não se refletiu nos dados.
Logan observou que pesquisas do Fed de Dallas mostram que metade das empresas espera aumentar os preços para os consumidores por conta das tarifas mais altas. Famílias e empresas esperam que a inflação cresça no curto prazo, de acordo com as pesquisas.
"O principal risco para nossa perspectiva é que essas expectativas mais altas de inflação decorrentes de tarifas ou outros possíveis choques se estendam muito além do período em que esses choques afetam a economia, e então o risco é que essas expectativas se tornem arraigadas", disse Logan.
As próprias tarifas, a incerteza sobre as políticas econômicas e a volatilidade resultante dos mercados também podem desacelerar a economia, disse Logan. Até o momento, segundo ela, o mercado de trabalho tem se mantido em equilíbrio e a economia tem se mantido estável.
(Reportagem de Ann Saphir)