Ibovespa inicia julho em alta com petróleo e expectativas por corte de juros

Publicado 01.07.2025, 08:32
Atualizado 01.07.2025, 11:40
© Reuters Ibovespa inicia julho em alta com petróleo e expectativas por corte de juros

O Ibovespa abriu a terça-feira, a primeira de julho, em alta, apesar do comportamento divergente das commodities e das bolsas internacionais. Os mercados de ações em Nova York caem nesta manhã após recordes e o minério de ferro fechou com recuo de 1,32% hoje em Dalian. O petróleo subia 0,34% às 11h20.

No exterior, as discussões comerciais ganham destaque com a aproximação do prazo de 9 de julho, quando os EUA decidirão se vão impor "tarifas recíprocas". Hoje, há falas de autoridades monetárias mundiais em evento do Banco Central Europeu (BCE), em Portugal.

Há instantes, o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, admitiu possibilidade de continuar com cortes de juros neste ano e não descartou totalmente queda das taxas em julho, afirmando que será "dependente de dados".

Em janeiro, no primeiro encontro de 2025, o Fed interrompeu o ciclo de cortes iniciado em setembro do ano passado, quando a taxa de juros nos EUA estava em 5,25% e 5,5%. Atualmente, as taxas estão entre 4,25% e 4,50% ao ano.

Entre os destaques da agenda externa, saiu índice de gerentes de compras (PMI) industrial dos EUA, que subiu de 52 em maio para 52,9 em junho, atingindo o maior nível desde maio de 2022, segundo pesquisa final divulgada hoje pela S&P Global. Além disso, os EUA informaram que a abertura de postos de trabalho no país subiu para 7,769 milhões em maio, de acordo com o relatório Jolts. O resultado superou a expectativa de analistas consultados, de criação de 7,3 milhões de vagas no período.

Aqui, o foco fiscal continua. Nesta manhã, o ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, afirmou que o Congresso Nacional não poderia ter sustado "de modo nenhum" o decreto presidencial que altera regras de cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Em coletiva de imprensa, Messias comunicou que o governo entrará com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para restaurar o decreto derrubado.

Em tese, o principal indicador da B3 (BVMF:B3SA3) teria espaço para realizar parte dos recentes lucros, em meio à agenda esvaziada de indicadores no Brasil. Em junho, o Índice Bovespa acumulou alta de 1,33% em junho e avançou 15,44% no primeiro semestre, com o ingresso de capital externo elevado. Até o último dia 27, o fluxo de capital externo está positivo em R$ 25,761 bilhões.

"Não tem nada hoje que tranquilidade para o mercado, só mesmo fluxo, a não ser noticias de melhora nas projeções de inflação no boletim Focus de ontem, prevendo IPCA a 5,20% em 2025 e câmbio em a R$ 5,70", diz Pedro Moreira, sócio da One Investimentos.

Na segunda, 30, o Ibovespa subiu 1,45%, aos 138.854,60 pontos, diante do apetite por risco internacional e do Caged com geração de vagas em maio menor do que a esperada, o que suscitou alguns debates sobre cortes da Selic.

O Banco Inter, por exemplo, vê o juro básico a 14,50% no final deste ano e a 12% no fim de 2026, reduziu sua expectativa de inflação de 5,3% para 4,9%. O Bradesco (BVMF:BBDC4) vê queda da Selic em dezembro, com a taxa fechado 2025 em 14,50%. Além disso, diminuiu sua projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) 2025, de 5,4% para 5,0%

Em maio houve geração de líquida de 148.992 postos formais de trabalho, abaixo da mediana de criação de 171,8 mil vagas. Para a Terra Investimentos, ainda assim, a criação de vagas segue avançando em relação ao ano passado e mantém volatilidade elevada - alternando meses de forte crescimento e queda nos últimos meses. Isso, diz em nota, torna precipitado cravar diagnóstico de desaquecimento do mercado de trabalho brasileiro.

Às 11h21 desta terça-feira, o Ibovespa subia 0,18%, aos 139.103,32 pontos, ante alta de 0,55%, na máxima aos 139.622,01 pontos, depois de abrir na mínima em 138.854,89 pontos.

Entre os papéis de primeira linha, Vale (BVMF:VALE3) subia 0,28% e Petrobrás recuava entre 0,25% (PN) e 0,41% (ON). Ações de grandes bancos avançavam, com exceção de Itaú Unibanco (BVMF:ITUB4) (-0,19%).

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